Vale do Ivinhema Agora
Economia Região

Calor intenso aumenta preço da energia

Alto consumo de energia e nível baixo do reservatório levarão contas à bandeira vermelha nível 2

Por: correiodoestado

A onda de calor, a falta de chuvas significativas e o aumento do consumo podem impactar na energia elétrica no mês que vem. A bandeira tarifária continuará vermelha, mas no patamar 2, o que acrescenta R$ 6 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.

De acordo com a presidente do Conselho dos Consumidores de Energia Elétrica da Área de Concessão da Energisa – MS (Concen-MS), Rosimeire Costa, a bandeira tarifária acionada para o mês de outubro, ao que tudo indica, pode impactar no bolso do consumidor. “O clima seco e a falta de chuvas já eram previstos para esses meses. Podemos afirmar que acontecerá o mesmo que em outubro do ano passado, e a bandeira tarifária deve ser vermelha patamar 2. O que significa um custo de R$ 6 a mais a cada 100 kWh consumidos”, explicou.

Conforme dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo médio nas residências do País é em torno de 158 kWh por mês, o que acrescentaria R$ 6 na conta de energia. Uma família que consome 200 kWh por mês pagaria R$12 a mais, enquanto uma que consuma 600 kWh teria uma aumento de R$ 36. No sistema de bandeiras tarifárias, em vigor desde 2015, a cor verde não tem cobrança de taxa extra, indicando condições favoráveis de geração de energia no País. Na bandeira amarela, com condições menos favoráveis, a taxa extra é de R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos. A bandeira vermelha pode ser acionada em um dos dois níveis cobrados. No primeiro nível, o adicional é de R$ 4,00 a cada 100 kWh. No segundo nível, a cobrança extra é de R$ 6,00 a cada 100 kWh.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou no mês passado que a bandeira tarifária está vermelha este mês porque uma parcela significativa da energia é fornecida por meio de usinas termelétricas. Também pesou na decisão a diminuição do volume de chuvas, com a intensificação da estação seca. “Setembro é um mês típico do fim da estação seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional [SIN]. A previsão hidrológica para o mês sinaliza permanência do quadro de estiagem, com vazões abaixo da média histórica”, disse a Aneel.

A presidente do Concen ainda ressalta que o consumidor não pode esquecer dos bons hábitos de consumo. “Assim como a Águas tem avisado para o consumidor economizar água na última semana, é preciso atenção ao consumo da energia, pois a energia elétrica também depende de água”, aconselha Rosimeire.

CONSUMO

Conforme o porta-voz da Energisa – concessionária que fornece energia elétrica para a maioria das cidades do Estado –, Helier Fioravante, o consumo aumentou neste período de intenso calor. As causas são os eletroeletrônicos que trabalham mais durante esse período, principalmente o ar-condicionado.

Ao Correio do Estado, ele deu orientações para que a população faça um consumo consciente. “Às vezes em um lugar tem dois equipamentos [ar-condicionado] ligados”, disse Fioravante. Ele orienta para que usem sempre a temperatura entre 23ºC e 25ºC para que o eletrônico não opere com tanta capacidade, mas que mantenha o ambiente fresco. “Tem gente que liga entre 17ºC e 15ºC para poder desligar mais rápido o ar, mas acaba deixando mais tempo e o ar funcionando em capacidade máxima, o que aumenta o consumo”, disse. Além disso, é importante deixar o ambiente fechado para que o ar frio não saia.

Outros eletroeletrônicos que impactam no consumo de energia no calor são a geladeira e a máquina de lavar. “Evitar abrir a geladeira desnecessariamente, opte por garrafas térmicas para beber água e com isso não ficar abrindo a geladeira”, disse ele, que também recomendou não colocar peças de roupas ou outros objetos na grade de trás do eletrônico, que serve para “tirar” o calor de dentro do equipamento e dissipar no ar, por isso ele esquenta. “Além de fazer a geladeira trabalhar mais, também aumenta os riscos de acidente, como um incêndio”, alertou o porta-voz.

No caso das máquinas de lavar, a consciência fica em quantas vezes ela é usada. “Como no calor as pessoas suam muito, é normal que às vezes uma roupa que você usaria duas vezes, em uma usada ela já está com mal cheiro. Então as pessoas tendem a lavar roupas mais vezes, mas a orientação é que deixem acumular o máximo de roupa para a lavagem, dentro da capacidade do equipamento”, esclareceu.

Fioravante finalizou dizendo que o importante é que as pessoas tenham ciência de que neste período o consumo aumenta e sai mais caro, mas que, seguindo as orientações, é possível que a conta no fim do mês fique mais barata.

Related posts

JBS de Nova Andradina promove Feirão de Emprego com mais de 50 vagas

Anaurelino Ramos

Funcionário de empresa dedetizadora cai do forro da Câmara Municipal de Batayporã

Anaurelino Ramos

Deputados de direita e esquerda de MS se unem por Hugo Motta

Anaurelino Ramos

Deixe um Comentário