Ministério da Saúde diz que laboratório que produz vacina atrasou entregas. Situação deve ser regularizada em agosto.
Por G1
A vacina contra a meningite está em falta nos postos de saúde de diversos estados. A vacina faz parte do calendário de vacinação infantil do Brasil e a 1ª dose deve ser tomada aos 3 meses, mas muitos pais não estão conseguindo vacinar os filhos por causa da falta de estoque.
O Ministério da Saúde admitiu ao Jornal Nacional que o desabastecimento da meningocócica c atinge todo o país.
No Rio Grande do Sul, a Secretaria de Saúde só recebeu estoque para vacinar uma em cada três crianças. Em São Paulo, a capital recebeu 16% das doses solicitadas para o último mês.
No Ceará, a entrega é menor que a meta de vacinação desde maio. Já Pernambuco recebeu 36% das doses para a meta mensal. Minas Gerais e Paraná receberam menos, mas trabalham com o estoque reduzido.
Em Palmas, no Tocantins, a situação é mais grave: nenhum posto de saúde tem a vacina. O governo do estado esperava 25 mil doses, mas recebeu menos de um quinto das doses.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que o problema acontece porque a empresa que produz as vacinas, a Fundação Ezequiel Dias, tem atrasado as entregas. A previsão é que a situação seja normalizada em agosto.
O laboratório diz que os suprimentos para a vacina meningocócica c não atingiu os quantitativos programados para os três últimos meses devido a problemas atípicos na cadeia produtiva e logística, sem explicar os detalhes. Em nota, o laboratório afirma ainda que a situação está sendo regularizada aos poucos.
Em clínicas particulares, a vacina pode chegar a R$450.
A meningite é uma inflamação nas meninges, membranas que envolvem parte do cérebro. A doença pode ser causa por vírus, fungos ou bactérias – sendo a bacteriana a mais grave. Ela pode causar paralisia, perda de audição e epilepsia, entre outros problemas.