Em entrevista à ‘Rádio Eldorado’, governador de São Paulo disse ainda que propaganda eleitoral o ajudará a ser mais conhecido no Estado
Aliado do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), o governador de São Paulo Márcio França (PSB) afirmou em entrevista à Rádio Eldorado que pretende manter secretários tucanos em sua gestão, disse que vai levar o apoio ao ex-governador na convenção nacional do seu partido e afirmou não acreditar que nem mesmo Alckmin vai votar em João Doria, um de seus concorrentes na disputa pelo governo paulista. “Não adianta levar o corpo, tem que levar a alma (para o palanque). Ninguém acredita que o Alckmin vota no Doria”, afirmou.
Na conversa, França disse ainda que a convenção nacional do PSB, em 5 de agosto, pode definir o apoio a Alckmin. O partido, dividido internamente, é cobiçado pelo PT, pelo PDT de Ciro Gomes e pelo Podemos de Alvaro Dias para uma aliança nacional. “Desde a morte do Eduardo Campos, perdeu-se esse link único (dentro do partido)”, disse, em alusão ao ex-governador de Pernambuco morto em acidente de avião em 2014. “Cada um ficou com sua visão estadual. Mas vou votar no Alckmin”.
Questionado sobre o fato de não ser conhecido em São Paulo e não ter avançado nas pesquisas, já que tem cerca de 5% das intenções de voto, o governador afirmou que está há apenas 100 dias no governo. “Os meses não passaram. O Estado de São Paulo tem quase 30 anos com o mesmo grupo governando, as pessoas ainda associam o governo ao Alckmin”, afirmou à Rádio Eldorado. Para ele, com a propaganda eleitoral, que começa em 31 de julho, o panorama deve mudar.
Em relação à política de privatização, França afirmou ser favorável às concessões, desde que feitas com preparação e bem elaboradas. Ele prometeu também despoluir o Rio Tietê em até dois anos. “Nada é impossível quando se tem a decisão política de fazer”, disse.
A entrevista com Márcio França faz parte de uma série de conversas da Rádio Eldorado com os candidatos ao governo de São Paulo melhor colocados nas pesquisas de intenções de voto. Na segunda-feira, 23, a conversa foi com a professora Lisete Arelaro, do PSOL, e na quinta-feira, 26, foi a vez de Paulo Skaf (MDB). Em 27 de julho, o entrevistado foi Luiz Marinho (PT). Na sexta, 3, o entrevistado é o tucano João Doria.