Vale do Ivinhema Agora
Região

Greve dos caminhoneiros impede entrega de 36% das correspondências em MS

Nenhuma das 20 linhas de transporte dos Correios chegou ou saiu do estado nessa quarta-feira

Agência dos Correios em Campo Grande (Foto: Fernando Antunes)

A greve dos caminhoneiros impediu a entrega de 36% das correspondências e 15% das encomendas dos Correios em Mato Grosso do Sul. Segundo levantamento da estatal, nenhuma das 20 linhas de transporte chegou ou saiu do estado nessa quarta-feira (23).

Conforme a assessoria de imprensa, não é possível medir o tempo de atraso nos objetos que já estavam a caminho de seus destinos, pois isso dependerá de quanto tempo durar os bloqueios nas rodovias.

Quanto aos objetos postados a partir do dia 22, segundo os Correios, haverá acréscimos no prazo de entrega de cartas e encomendas via Sedex e PAC enquanto durarem os efeitos das paralisações. Além disso, não estão sendo aceitas temporariamente qualquer envio com dia e hora marcados.

Fila de caminhões em bloqueio dos caminhoneiros nesta quinta (Foto: Saul Schramm)

Paralisação – Os caminhoneiros protestam contra a política de preços da Petrobras, que sobe e desce o diesel de acordo com as variações no dólar. Com isso, na semana passada houve aumentos sucessivos que encareceram o insumo.

Nesta quinta, são cerca de 30 pontos de bloqueio em Mato Grosso do Sul, de acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal). Todos os tipos de cargas estão sendo paradas. Somente carros de passeio e ônibus seguem viagem.

Há interdição, entre outros pontos, na BR-163 em Eldorado (km 39), Naviraí (km 117), Caarapó (km 206), Dourados (km 256 e 266), Rio Brilhante (km 323), Campo Grande (km 462 e 477), Bandeirantes (km 550), São Gabriel do Oeste (km 614 e 618) e Rio Verde de Mato Grosso (km 678).

Efeitos – Postos de combustível no estado beiram o desabastecimento. Com medo de que falte gasolina ou álcool, motoristas começaram a fazer fila para encher o tanque. A demanda e o baixo estoque fez o produto passar dos R$ 4 em Campo Grande.

Sofrem também os aeroportos, já que o querosene que abastece as aeronaves está travados nos bloqueios. Em Campo Grande há estoque para manter o tráfego normal de aeronaves, mas em outras cidades voos já chegaram a ser cancelados enquanto as empresas flexibilizaram as regras de remarcação para que os passageiros fossem prejudicados o menos possível.

Fila para abastecer em posto de gasolina: motoristas têm medo de ficar a pé se combustível acabar nas bombas (Foto: Saul Schramm)

Na Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) em Campo Grande, o estoque de laranja e batata acabou, além dos preços que continuam aumentando.

O saco de batatas, com 50 kg, que custava R$ 70 chegou a ser vendido por R$ 300 nesta quarta-feira – aumento de 328% -, antes de acabar.

Já a saca do chuchu que era vendida a R$ 28, já custa R$ 40 – variação de 30% – e o repolho que saía a R$ 25, está R$ 38 – variação de 52%. A cebola subiu de R$ 40 para R$ 50. (Campo Grande News)

Related posts

Esse ano, acesso ao Cemitério Santo Antônio, será pelo laticínio

Anaurelino Ramos

Prefeitura molha estrada de acesso ao Cemitério de Batayporã

Anaurelino Ramos

Cemitério de Novo Horizonte do Sul recebe limpeza e pintura

Anaurelino Ramos

Deixe um Comentário