Vigilante enviou áudio para irmã após matar ex: “Fui fraco”; Ouça

Depois de matar a ex-mulher, Lucineide Maria dos Santos Ortega, 51 e atirar contra sete outras pessoas, o vigilante Rosemir Fernandes, 52 anos, enviou um áudio para a família, contando sobre o crime e comunicando que iria se matar dentro de uma igreja. Ele diz que foi fraco, mas não se arrepende do crime, apenas de ter atirado em duas crianças. (Ouça o áudio abaixo).

“Eu estou me matando agora. Me arrependo muito do que eu fiz, não me arrependo, não. A raiva que eu estou é melhor eu fazer isso. Só que eu matei criança, não era para ter matado. Mas eu queria matar tudo aqueles vagabundos. Aí eu dei uns tiros na Sônia, não sei se acertei. Fui na casa do vagabundo lá, mas não achei ele. Agora vou me matar aqui dentro da igreja, aqui na Joaquin Teixeira Alves. Tá cheio de gente aqui, mas eu vou entrar lá dentro, vou me matar lá dentro agora. Eu amo vocês tá, reza muito por mim, ora muito por mim. Minha moto está aqui na rua Joaquim Teixeira Alves, em frente à igreja aqui perto do condomínio que eu morei. Fala para minha mãe que não me arrependo. Fala para ela não chorar muito. Abraços para vocês. Eu fui fraco”, diz o áudio.

A criança que o vigilante pensa ter matado ainda está viva, mas foi atingida por um tiro na cabeça e está em estado grave no Hospital Universitário.

A sequência do atentado indica que o crime foi premeditado, segundo a Polícia Civil. Outro indicativo para esta hipótese é o fato do vigilante ter gravado vídeo, há pouco mais de quatro meses, onde afirma que enfrentaria todo mundo na bala, sem citar nomes, e acrescenta que é um homem de palavra e quem procurou vai achar.

O vídeo teria sido gravado por uma outra pessoa, que faz questionamentos ao vigilante. Este vídeo já está nas mãos da Polícia Civil.

CRIME

Caso aconteceu na noite de ontem, quando vigilante foi armado até a casa da ex-mulher, Lucineide Maria dos Santos Ortega, de 51 anos, e matou a mulher com um tiro.

Outras quatro pessoas que estavam com ela em frente a residência foram atingidas por disparos: Luzia Gonçalves, 32 anos, Dhionatan Santos Ortega, 20, Laura Beatriz, 10, e Beatriz dos Santos, 4 anos.

Uma outra mulher não foi atingida porque a munição acabou, mas foi agredida com uma coronhada na cabeça.

O vigilante também invadiu e disparou contra uma outra ex-mulher, Sônia Barros Galvão, 47 anos, e contra um advogado e um outro rapaz que estava com a vítima.

Ao terminar a sequência de atentados, o homem se matou no altar da igreja São José, com um tiro na cabeça. No momento do suicídio, havia fiéis aguardando para receber a comunhão pelo sistema drive-thru.

Caso foi registrado como feminícidio e, segundo a Polícia Civil, o crime teria sido motivado porque ele não aceitava o fim do relacionamento com Lucineide. No entanto, investigações irão apurar o motivo do atentado contra outras pessoas que não tinham relação com a ex.