O palacete imperial não tinha sistema de prevenção de incêndio
O incêndio que atingiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro, foi enfim controlado pelos bombeiros às 3 horas da madrugada desta segunda-feira (3). Quase 80 homens do Corpo de Bombeiros foram mobilizados para combater o fogo no local, que começou por volta das 19h30 do domingo (2).
De acordo com informações do jornal Folha de São Paulo, o fogo começou quando o Museu já havia encerrado os horários de visitação e não há informações sobre vítimas. O comandante-geral dos Bombeiros do Rio informou ao jornal que o combate do fogo foi prejudicado pela falta de água nos hidrantes próximos aos edifícios. A alternativa foi apelar para caminhões-pipa e até para a água de um lago próximo.
O reitor da universidade que gere o Museu, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), falou com a Folha e criticou a forma de atuação do Corpo de Bombeiros. “É óbvio que a forma de combate não guardou proporção com o tamanho do incêndio. Percebemos claramente que faltou logística e capacidade de Infraestrutura do Corpo de Bombeiros que desse conta de um acontecimento tão devastador como foi esse”, disse o reitor Roberto Leher.
O palacete imperial não tinha sistema de prevenção de incêndio, que seria instalado com verba de contrato de R$ 21 milhões para restauração assinado com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em junho, quando o Museu comemorou 200 anos.