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Cogecom,
De cada 10 estudantes que chegam ao final do Ensino Fundamental, em escolas públicas, em média oito não sabem adequadamente o português e sete têm dificuldades básicas de matemática.
Ou seja, eles saem do ciclo básico com deficiências em leitura, compreensão de textos e resolução de problemas matemáticos. Isso é o que revelou recentes pesquisas divulgadas pelos grandes veículos de comunicação de nível nacional*.
Para mudar essa realidade, a Prefeitura de Nova Andradina está inovando no ensino através de uma nova ferramenta que ajuda o aluno a aprender a matemática de maneira leve e mais atrativa, envolvendo jogos on-line (games), avatares, medalhas, tudo na linguagem do aluno. Trata-se da plataforma Khan Academy, uma nova alternativa totalmente gratuita para o aprendizado da matemática que foi adotada no ano passado nas escolas da rede municipal.
Após o primeiro ano de implantação, a formadora da Sincroniza Educação, que é uma empresa de consultoria de tecnologia, representante da Khan Academy no Brasil, Gabrielle De Felice, veio de São Paulo para o município sem nenhum custo para o governo municipal com o intuito de acompanhar o desenvolvimento dos estudantes e dar continuidade a formação dos professores, que trabalham com este método em sala de aula.
Após visitação em duas unidades escolares – Profª Efantina de Quadros e Luiz Claudio Josué, Gabrielle apresentou a Khan Academy como o maior site para aprender matemática do mundo com mais de 63 milhões de usuários no mundo, sendo 3 milhões do Brasil, distribuídas em 25 instituições em rede. Nova Andradina é uma dessas 25 redes contempladas no país.
“A proposta é democratizar o aprendizado da matemática com o acesso à plataforma, levando para a escola pública a mesma qualidade do ensino de diversos lugares do mundo, como por exemplo, os EUA, onde filhos do Bill Gates e outros tantos estudantes utilizam esta mesma plataforma adaptativa de exercícios gameficados. declara.
Para a formadora que dá o suporte técnico e logístico para a Semec, o grande diferencial da Khan Academy é que os alunos aprendem brincando, de uma forma significativa e contextualizada. “Um dos pilares da plataforma é a aprendizagem para o domínio, de modo a utilizarem depois, na vida”, frisou Gabrielle.
Ao analisar a receptividade desta ferramenta pelos professores e alunos de Nova Andradina, ela disse que se surpreendeu com o engajamento de todos os profissionais envolvidos. “Antes mesmo da minha chegada tive a oportunidade de ver vários relatos de sucesso dos docentes em que conseguem recomendar as atividades de forma diferenciada para cada aluno, contemplar metade da sala com um exercício e a outra metade com outro, recebem relatórios atualizados do que eles fizeram e o que estão tendo dificuldades. Estamos fazendo um acompanhamento constante e percebo que Nova Andradina tem um diferencial: os docentes são muito interessados e fazem acontecer”, elogia.
A meta é que os professores tenham pleno domínio da plataforma até o final do mês de dezembro, para que este trabalho seja feito de forma autônoma pelo aluno, e a Khan Academy atenda outras redes.
O secretário Fábio Zanata e o prefeito Gilberto Garcia agradeceram a presença da representante da Khan Academy, pois contribuiu sobremaneira para a formação das crianças nova-andradinenses. “Para os nossos alunos apreenderem o conteúdo é necessário que eles tenham vontade de estar na escola, de buscar o conhecimento. Essa ferramenta tecnológica vem tornar esse conteúdo mais interessante, mais palpável a realidade dos nossos alunos e a Khan Academy está proporcionando isso. Nova Andradina só tem a agradecer essa parceria”, encerra o prefeito.
Sobre a Khan Academy
A plataforma oferece exercícios, vídeos de instrução e um painel de aprendizado personalizado, que habilita o estudante a aprender no seu próprio ritmo dentro e fora da sala de aula, usando tecnologias adaptativas que identificam os pontos fortes e lacunas no aprendizado.
Pesquisa
* Dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), teste aplicado em dezembro de 2016 em 72 países e divulgado nesta terça-feira, 6, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).