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Economia brasileira cresceu 0,57% em julho, diz Banco Central

Índice foi criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB). Foi o segundo mês seguido de alta do indicador, que avançou 1,19% na parcial do ano e 1,46% em doze meses até julho.

Por Alexandro Martello, G1, Brasília

O nível de atividade da economia brasileira registrou expansão em julho, mês que marca o início do terceiro trimestre, de acordo com informações divulgadas pelo Banco Central nesta segunda-feira (17).

O chamado Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um tipo de “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), teve expansão de 0,57% em julho, comparado com o mês anterior. O resultado foi calculado após ajuste sazonal (uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes).

Quando comparado a julho de 2017, o IBC-Br cresceu 2,56% (neste caso, sem ajuste sazonal).

Os números do BC mostram que esse foi o segundo mês seguido de crescimento do nível de atividade, que já havia avançado 3,42% em junho – após o tombo de 3,35% em maio, por conta da greve dos caminhoneiros.

Os números do BC mostram ainda que, nos sete primeiros meses deste ano, o indicador do nível de atividade registrou uma expansão de 1,19%, sem o ajuste sazonal. No acumulado em 12 meses até julho, a prévia do PIB (indicador dessazonalizado) registrou crescimento de 1,46%.

Série histórica do IBC-Br
em %-0,33-0,330,240,240,180,180,340,341,151,15-0,66-0,660,280,28-0,57-0,570,580,58-3,35-3,353,423,420,570,57ago/17set/17out/17nov/17dez/17jan/18fev/18mar/18abr/18mai/18jun/18jul/18-4-2024
Fonte: Banco Central

Produto Interno Bruto e o IBC-Br

O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Já o IBC-Br foi criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do PIB, pois o cálculo dos dois é um pouco diferente – o índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.

No fim do mês passado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB brasileiro cresceu 0,2% no 2º trimestre de 2018, na comparação com os três meses anteriores.

O resultado foi sustentado pelo setor de serviços e pressionado por forte queda da indústria e dos investimentos, reforçando a leitura de perda de ritmo e recuperação ainda mais lenta da economia brasileira.

Para 2018, o mercado financeiro estima uma expansão de 1,36% e, para 2019, projeta um crescimento do PIB da ordem de 2,5%.

Definição dos juros

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.

Atualmente, a taxa Selic está em 6,5% ao ano, na mínima histórica, e a estimativa do mercado é de que avance para 8% ao ano até o fim de 2019.

Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC precisa ajustar os juros para atingir as metas preestabelecidas de inflação. Quanto maiores as taxas, menos pessoas e empresas ficam dispostas a consumir, o que tende a fazer com que os preços baixem ou fiquem estáveis.

Para 2018, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Desse modo, o IPCA, considerado a inflação oficial do país e medida pelo IBGE, pode ficar entre 3% e 6%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

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