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Juiz proíbe aula sobre fascismo na UFGD e estudantes denunciam censura

Centro de Convivência da UFGD, onde ocorria aula suspensa por juiz eleitoral (Foto: Divulgação)

 

Aula pública organizada pelo Diretório Central dos Estudantes estava em andamento quando foi suspensa por oficial e policiais

por: Hélio de Freitas/campograndenews

Estudantes universitários acusam a Justiça Eleitoral de censurar uma aula pública que sobre política que estava acontecendo na manhã desta quinta-feira (25) em Dourados, a 233 km de Campo Grande.

Com o tema “Esmagar o Fascismo”, a aula era organizada pelo DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e acontecia no Centro de Convivência da unidade II, na Cidade Universitária.

Os discursos sobre o tema começaram às 10h, mas uma hora depois a aula foi suspensa por um oficial de Justiça acompanhado de policiais federais que foi ao local para cumprir a ordem do juiz da 18ª Zona Eleitoral Rubens Witzel Filho.

No mandado de notificação o juiz determinou a notificação da reitora da UFGD Liane Calarge ou de seu representante legal “para que seja proibida a realização da aula pública referente ao tema Esmagar o Fascismo, a ser realizada em 25/10/2018 às 10h, nas dependências da citada universidade”.

De acordo com a Justiça Eleitoral, a determinação do juiz foi expedida após denúncia revelar que um evento de cunho político eleitoral seria realizado nas dependências de um órgão público, o que contraria a lei.

Entretanto, a proibição revoltou os universitários, que protestaram em redes sociais. A proibição foi compartilhada pela UNE (União Nacional de Estudantes).

“O microfone da atividade estava livre para estudantes que se manifestavam sobre a conjuntura política, as posturas de ódio, violência e a ameaça fascista. No momento da chegada do mandado as falas foram interrompidas”, afirmou o DCE em postagem na sua página no Facebook.

“A Polícia Federal também abordou integrantes do DCE, coletou nomes e tirou fotos da bandeira da nossa organização. Repudiamos esse ato de censura à liberdade de manifestação e reunião de pessoas. Não nos calaremos!”, protestou o diretório.

Suástica – Esse é o segundo episódio envolvendo o momento político do país a causar reflexo na comunidade acadêmica douradense.

Na semana passada, painel artístico instalado no tapume de uma construção da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), que também tem campus na Cidade Universitária, foi rabiscado com caneta.

Sobre vários desenhos foi escrito o número 17. Em um deles foi escrita a palavra “Bolsonaro”. Sobre um desenho da artista douradense Bi Miura em homenagem ao outubro rosa, foi feita uma suástica, adotada como símbolo do nazismo pelo ditador alemão Adolf Hitler.

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