No Brasil, os grupos móveis de fiscalização de trabalho escravo resgataram 2.575 trabalhadores
Em Mato Grosso do Sul, 116 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão, no ano passado, segundo dados do MPT-MS (Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul). A “liberdade” ocorreu nos municípios de Porto Murtinho, Bela Vista, Ponta Porã, Corumbá, Naviraí e Iguatemi.
No Brasil, os grupos móveis de fiscalização de trabalho escravo resgataram 2.575 trabalhadores, durante 432 operações realizadas em todo o Brasil.
O trabalho foi feito por grupos da SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho), do Ministério do Trabalho e Emprego; o MPT; o MPF (Ministério Público Federal); a DPU (Defensoria Pública da União), a PF (Polícia Federal) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal), entre outros órgãos.
O MPT recebeu 1.973 denúncias sobre trabalho escravo, o que representa aumento de 39% em relação a 2021. Minas Gerais teve o maior número, com 326 denúncias, em seguida está São Paulo (324) e Rio Grande do Sul (125).
Também em 2022, teve aumento de 17% no número de TACs (Termos de Ajuste de Conduta) e de 8% na quantidade de ACPs (Ações Civis Públicas) sobre o tema ajuizadas pela instituição.
“Desde 2013, não havia mais de 2 mil trabalhadores resgatados em um mesmo ano. Esses números chamam atenção para o fato de que o trabalho escravo ainda é uma realidade marcante no País, podendo ser encontrado em qualquer local, tanto em cidades, quanto no meio rural”, destacou o vice-coordenador da Conaete (Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo), Italvar Medina.
No Dia Mundial de Combate ao Trabalho Escravo (28 de janeiro), o MPT vai promover várias ações de conscientização sobre o crime. Rio de Janeiro, Sergipe, Rio Grande do Sul, Pará e Brasília terão projetos. Em Mato Grosso do Sul nada foi divulgado ainda.