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O Ministério da Agricultura (Mapa) publicou ontem (27) a Portaria SDA/Mapa nº 980/2023, que altera o calendário de semeadura da soja para o Estado de Mato Grosso do Sul. Agora, os produtores terão até o dia 13 de janeiro de 2024 para finalizar o plantio. O prazo final no Estado venceu no dia 24 de dezembro, mas foi prorrogado a pedido da Aprosoja/MS e Famasul.
Segundo o boletim do Siga MS, a estimativa é que neste ano a área cultivada cresça 6,5%, em Mato Grosso do Sul, atingindo 4,265 milhões de hectares e registrando uma produção de 13,818 milhões de toneladas, após uma produtividade estimada de 54 sacas por hectare. A medida visa atender às condições climáticas adversas que tornaram este ano totalmente atípico, apresentando desafios significativos para os agricultores do Estado.
O excesso de calor, com registros de temperaturas recordes, e a escassez de chuvas, resultando em períodos de veranicos, contribuíram para um cenário desfavorável ao desenvolvimento da cultura da soja. Diante dessas circunstâncias e levando em consideração que a área plantada estava abaixo das expectativas, o Mapa optou por estender o prazo, oferecendo maior flexibilidade aos agricultores para enfrentarem as adversidades ao longo desta safra.
O diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal ), Daniel Ingold, destacou a excepcionalidade do momento e a importância de medidas que possam mitigar possíveis prejuízos aos produtores rurais do estado de Mato Grosso do Sul. Ele esclareceu que a prorrogação do calendário não altera a sequência padrão, mas busca adaptar-se a uma condição específica.
“A extensão do calendário é uma medida excepcional para enfrentar os desafios impostos pelas condições climáticas deste ano. Nosso objetivo é garantir que os produtores não enfrentem prejuízos significativos devido a fatores externos”, ressaltou Ingold.
Esta iniciativa, embora seja uma medida de exceção, reflete o comprometimento da Iagro em buscar soluções eficazes para enfrentar os desafios climáticos e garantir a sustentabilidade do agronegócio no Estado.
Rosana Siqueira, da Semadesc
Foto: Mairinco de Pauda