Obra tem como objetivo servir como fonte para pesquisas sobre o assunto
A Editora da Universidade Federal de São Carlos (EdUFSCar) está lançando o livro “A Escravidão em São Carlos/SP – Inventário analítico”, de autoria de Álvaro Rizzoli. A obra integra a coleção “África e Diáspora” e trata, de forma sistemática e abrangente, da escravidão na região de São Carlos, focalizando a condição negra em várias dimensões.
O autor conta que o livro surgiu a partir de pesquisa sobre imigrantes italianos. Na ocasião, chamou a atenção dele um conjunto significativo de autos judiciais que envolviam escravos. O segundo passo foi pedir autorização para a Curia Diocesana de São Carlos para investigar documentos envolvendo escravos, a exemplo de registros de batismo, óbitos e casamentos.
Como integrava o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) da UFSCar, Rizzoli organizou toda a documentação em um inventário. “Este é um trabalho que visa atender a pesquisadores interessados no tema escravidão, sobretudo em São Carlos. Sabemos que há dificuldades em se ter acesso a essas fontes. Então, o intuito foi organizar toda a documentação para que sirva de fonte de estudos”, explica o autor.
“Essa memória da escravidão em São Carlos desperta curiosidade, remete à busca de novas fontes também porque rompe com o desconhecimento sobre as relações da sociedade são-carlense com escravizados. Da mesma forma, espera-se que ajude a reconstruir relações étnico-raciais que valorizem igualmente a todos os são-carlenses, descendentes de europeus, de africanos e demais povos que vêm, ao longo dos séculos, formando os cidadãos e as cidadãs da cidade”, escreveu na apresentação da obra Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, Professora Emérita da UFSCar.
Já para o professor Ademil Lopes, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o livro é “instigador de reflexão, revelador de uma realidade social que ainda precisa e deve ser adequadamente aprendida, embora 130 anos da abolição do regime escravista tenham transcorrido. A obra insere no debate novas fontes para uma releitura de como a escravidão consolidou um processo que preserva e mantém rastros seculares de uma sociedade desigual, sendo os negros, em sua maioria, os testemunhos vivos desta parcela de brasileiros humilhados e esquecidos (…) o trabalho pretendeu – acima de tudo – revelar dados, fatos, verdades, que são difíceis de ouvir e digerir, levando o leitor ao âmago da realidade dos negros não só na região como em todo o País, longe de leituras enviesadas pela ditadura de posturas ideológicas que envenenam as discussões intelectuais”.
Mais informações podem ser obtidas no site da EdUFSCar, em www.edufscar.com.br.
O autor conta que o livro surgiu a partir de pesquisa sobre imigrantes italianos. Na ocasião, chamou a atenção dele um conjunto significativo de autos judiciais que envolviam escravos. O segundo passo foi pedir autorização para a Curia Diocesana de São Carlos para investigar documentos envolvendo escravos, a exemplo de registros de batismo, óbitos e casamentos.
Como integrava o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) da UFSCar, Rizzoli organizou toda a documentação em um inventário. “Este é um trabalho que visa atender a pesquisadores interessados no tema escravidão, sobretudo em São Carlos. Sabemos que há dificuldades em se ter acesso a essas fontes. Então, o intuito foi organizar toda a documentação para que sirva de fonte de estudos”, explica o autor.
“Essa memória da escravidão em São Carlos desperta curiosidade, remete à busca de novas fontes também porque rompe com o desconhecimento sobre as relações da sociedade são-carlense com escravizados. Da mesma forma, espera-se que ajude a reconstruir relações étnico-raciais que valorizem igualmente a todos os são-carlenses, descendentes de europeus, de africanos e demais povos que vêm, ao longo dos séculos, formando os cidadãos e as cidadãs da cidade”, escreveu na apresentação da obra Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, Professora Emérita da UFSCar.
Já para o professor Ademil Lopes, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o livro é “instigador de reflexão, revelador de uma realidade social que ainda precisa e deve ser adequadamente aprendida, embora 130 anos da abolição do regime escravista tenham transcorrido. A obra insere no debate novas fontes para uma releitura de como a escravidão consolidou um processo que preserva e mantém rastros seculares de uma sociedade desigual, sendo os negros, em sua maioria, os testemunhos vivos desta parcela de brasileiros humilhados e esquecidos (…) o trabalho pretendeu – acima de tudo – revelar dados, fatos, verdades, que são difíceis de ouvir e digerir, levando o leitor ao âmago da realidade dos negros não só na região como em todo o País, longe de leituras enviesadas pela ditadura de posturas ideológicas que envenenam as discussões intelectuais”.
Mais informações podem ser obtidas no site da EdUFSCar, em www.edufscar.com.br.