A colheita da safrinha foi iniciada há duas semanas e somente 4,2% da área foi colhida
Da redação/Correio do Estado
O coordenador técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS), Gabriel Balta, explica que a análise da equipe técnica, que considera a progressão do plantio e a fenologia das culturas, leva um ciclo de 128 dias.
Durante esse período, foi identificado que 28% da área de cultivo de milho da segunda safra 2023/2024 na região sul do Estado estará nos estágios fenológicos entre R1 (florescimento e polinização) e R4 (grão farináceo) no inverno.
“Esses estágios são críticos e altamente suscetíveis a danos causados pela geada, podendo resultar em reduções significativas no potencial produtivo”, explica Balta.
Na região central do Estado, a análise da Aprosoja-MS estima que 13% das lavouras estarão nos estágios fenológicos entre R1 e R4 durante o período previsto para a geada, o que também coloca essas áreas em risco.
“A região norte parece estar mais segura, sem risco aparente de geada. Além disso, apenas 6% das lavouras nessa região estarão no estágio R4 durante o período de geada”, finaliza Balta.
COLHEITA
A área colhida monitorada pelo Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga-MS), atingiu 4,2%. A colheita está mais avançada na região sul, com uma média de 5,1%.
Na região central, a média é de 3,1%, enquanto na região norte é de apenas 0,5%. Dos 76 municípios produtores, apenas 42 municípios iniciaram a colheita.
Até o momento, a área colhida, conforme a estimativa, é de 92 mil hectares. O pico da colheita, de acordo com a fenologia, será entre os dias 21 de junho e 19 de julho, período em que 60% da safra estará em plena maturação.
A porcentagem de área colhida na segunda safra 2023/2024 está 4,2 pontos porcentuais acima da segunda safra de 2022/2023. Cerca de 15% da área está fora do zoneamento agrícola de risco climático e 40% está fora da melhor janela de semeadura.