O Campus Nova Andradina do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) realizou, no último dia 6, a entrega dos certificados aos participantes do projeto de extensão “Cinema, cultura e raça: contribuições para o debate sobre o racismo no continente americano”.
O projeto foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e faz parte das ações do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) do IFMS.
“O projeto trouxe à tona a importância de se problematizar a questão no cotidiano e de se discutir formas de enfrentamento”, destacou o coordenador, Cleyton Lutz.
A proposta foi proporcionar um debate sobre termos como ‘cultura’ e ‘raça’ a partir da perspectiva cinematográfica – longas e curtas-metragens de ficção, documentários e animações -, contribuindo para a discussão acerca do racismo nas Américas Latina e do Norte junto ao público externo.
O coordenador do projeto e jornalista do IFMS, Cleyton Lutz, explica que a ideia surgiu da necessidade de se criar um espaço para a discussão sobre raça, cultura e as implicações do racismo no continente americano.
“O projeto trouxe à tona a importância de se problematizar a questão no cotidiano e de se discutir formas de enfrentamento. Ressalta-se ainda que seu desenvolvimento esteve integrado às ações do Neabi, que tem a função de auxiliar no direcionamento de estudos, pesquisas e ações de extensão que promovam a reflexão sobre questões étnico-raciais”, destacou o coordenador.
Os participantes receberam certificados com 25 horas de carga horária.
Projeto – Foram organizados ciclos de debates por meio da exibição de filmes voltados a problematizar o racismo em diferentes situações e contextos, a partir de aspectos étnico-raciais e da situações vividas em toda a América.
Entre os meses de agosto e outubro, no anfiteatro da UFMS em Nova Andradina, foram exibidos cinco filmes: Menino 23 (10/08), Orfeu Negro (17/08), A Negação do Brasil (24/09), Quanto Vale ou é por Quilo? (22/10) e Manderlay (29/10). Após a exibição, eram realizados debates do qual participavam a equipe do projeto, convidados e participantes.
O professor de História da UFMS, Fábio Sousa, explica como as atividades contribuíram com a discussão sobre o tema.
“Foi possível discutir, em uma perspectiva interdisciplinar e com pressupostos teóricos-metodológicos da Metodologia Ativa, a construção histórico-cultural-social da população afro na sociedade brasileira. Acadêmicos e participantes externos tiveram a oportunidade de debater temas atuais e polêmicos da questão racial no país. Sem deixar de lado o rigor científico, os filmes e documentários criaram um campo de reflexão”, ponderou.
“Iniciativas como essa fortalecem o gosto pela arte, despertando a criticidade e retendo a atenção para assuntos que, normalmente, são repassados em aulas expositivas”, disse o acadêmico de História, Willian Gomes.
Para o acadêmico do 6º semestre do curso de História da UFMS, Willian Gomes, o cinema aliado ao ensino é uma das estratégias mais eficientes para ampliar o conhecimento.
“Iniciativas como essa fortalecem o gosto pela arte, despertando a criticidade e retendo a atenção para assuntos que, normalmente, são repassados em aulas expositivas. O próprio fato de os filmes terem roteirização, apresentando os fatos com narrativas, favorece a assimilação do conteúdo e cria mais condições para fixar o assunto”, disse.
Apoio – O projeto recebeu apoio institucional por meio do edital nº 010/2018, da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) do IFMS, destinado à seleção de propostas de projetos e cursos com concessão de bolsas estudantis e auxílio financeiro.