Lula passou 30 minutos com indígenas e disse que criará comissão interministerial para tratar do assunto
Por Anahi Zurutuza e Fernanda Palheta, de Corumbá | Campo Grande News
Anastácio Peralta, guarani-kaiowá de Dourados, em entrevista sobre conversa com Lula (Foto: Henrique Kawaminami)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu-se com grupo de indígenas antes de deixar a sede do Prevfogo em Corumbá nesta quarta-feira (31). Ele prometeu cria comissão interministerial para discutir os conflitos por terras em Mato Grosso do Sul e, em especial, busca solução para a tensão em Douradina, onde ataque armando a acampamento da etnia Guarani-Kaiowá deixou ferido no dia 14 deste mês.
Segundo Anastácio Peralta, guarani-kaiowá de Dourados, Lula, que passou cerca de 30 minutos com o grupo, disse que criada a comissão, marcará nova reunião ainda no início de agosto.
O presidente não comentou o assunto e saiu do endereço da Brigada Pronto Emprego Pantanal, no Parque Marina Gatass, sem falar com a imprensa.
O governador Eduardo Riedel (PSDB) também acompanhou a conversa e, igualmente, não conversou com jornalistas ao término do encontro com o grupo de indígenas. Lula e Riedel partiram em direção ao Aeroporto de Corumbá no mesmo veículo.
Durante visita a Corumbá, cidade sul-mato-grossense a 420 quilômetros de Campo Grande, Lula sobrevoou áreas afetadas por incêndios no Pantanal e sancionou a lei federal que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo. Em discurso emocionado, o presidente parabenizou o trabalho dos brigadistas que atuam no combate às chamas e a importância da nova legislação para o combate aos incêndios no país.
O projeto assinado visa prevenir e combater incêndios florestais de forma integrada, combinando conhecimentos técnicos, científicos e tradicionais. A legislação reconhece o papel ecológico do fogo e respeita as práticas tradicionais de comunidades indígenas e quilombolas, permitindo o uso controlado do fogo em atividades específicas com o objetivo de conservar ecossistemas e minimizar os impactos ambientais.
Indígenas à espera do presidente em frente ao Prevfogo em Corumbá (Foto: Henrique Kawaminami) – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS