Em maio, operação prendeu presidente, atualmente afastado da Federação de Futebol, e outras seis pessoas
Por Dayene Paz e Anahi Zurutuza | Campo Grande News
Cezário embarca na viatura do Gaeco no dia de sua prisão, em maio deste ano. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
O presidente afastado da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, de 78 anos, voltou a ser preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), na manhã desta quarta-feira (28). Alvo da Operação Cartão Vermelho, que investiga desvio de R$ 6 milhões na Federação, Cezário atualmente usa tornozeleira eletrônica.
O Campo Grande News apurou que três viaturas do Gaeco estão na casa de Cezário, na Vila Taveirópolis, desde as primeiras horas da manhã desta quarta. Uma testemunha também chegou junto com os agentes.
André Borges, advogado que representa o presidente afastado, afirmou que se trata de mandado de busca e apreensão e não tinha conhecimento sobre a ordem de prisão. “Ainda estamos sendo atualizados sobre a situação”, disse o defensor.
Cartão Vermelho – O Gaeco deflagrou, no dia 21 de maio deste ano, a Operação “Cartão Vermelho” em investigação do Ministério Público Estadual sobre o desvio de R$ 6 milhões na Federação, que ocorreu entre setembro de 2018 e fevereiro de 2023. Enquanto presidente, Cezário, tinha participação em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro com recursos oriundos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e de verbas públicas.
Além de Francisco Cezário, que passou quase 30 anos à frente da entidade, outras seis pessoas foram presas, suspeitas de participação no esquema.
Enquanto preso, Cezário pediu afastamento do cargo de presidente e a entidade conta atualmente com um interventor. Estevão Petrallás, ex-presidente do Operário, foi encarregado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para administrar o futebol local de forma interina.