Estado paga R$ 1.518 a menos que a média da remuneração no Distrito Federal
Por Jhefferson Gamarra | Campo Grande News
O mais recente relatório da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), publicado nesta quinta-feira (12) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, apresentou um panorama detalhado das remunerações médias pagas aos trabalhadores formais no Brasil. Mato Grosso do Sul ocupa a 14ª posição no ranking nacional, com uma remuneração média de R$ 3.039,51. Isso representa uma diferença de R$ 1.518 em relação ao Distrito Federal, que continua liderando nacionalmente em termos de remuneração média, apesar de enfrentar uma redução real no valor pago aos trabalhadores
Entre 2022 e 2023, a remuneração média no DF caiu 4,20%, passando de R$ 4.757,76 para R$ 4.557,74. Apesar dessa queda, o DF mantém a maior remuneração média do país, com os maiores salários para trabalhadores formais.
No entanto, o Estado teve um desempenho positivo ao registrar um aumento de 5,90% na remuneração média, que subiu de R$ 2.869,56 em 2022 para R$ 3.039,51 em 2023. Esse crescimento de R$ 169,95 destaca um avanço, embora ainda não o coloque entre os Estados com as maiores remunerações médias do Brasil.
A média nacional de remuneração para trabalhadores formais teve um aumento de 3,6% no período, subindo de R$ 3.390,58 para R$ 3.514,24. Em relação a essa média, a remuneração em Mato Grosso do Sul está 15,6% abaixo.
Na região Centro-Oeste, a média de remuneração variou de R$ 3.336,21 para R$ 3.407,81, representando um aumento de R$ 71,60 ou 2,1% entre 2022 e 2023. Mato Grosso do Sul registrou um valor médio de R$ 3.039,51, enquanto Mato Grosso alcançou uma média de R$ 3.218,41. Em Goiás, a remuneração média foi de R$ 2.958,65. Distrito Federal segue com a maior média entre os estados da região e também do país, com R$ 4.557,74.
Outro dado relevante apresentado pelo relatório é o crescimento no número de empregos formais em Mato Grosso do Sul. O estoque de empregos aumentou de 609.873 em 2022 para 642.211 em 2023, uma alta de 5,3%. Esse crescimento representa um saldo positivo de 32.338 novos empregos formais e posiciona o Estado como líder em termos de crescimento de emprego na região Centro-Oeste entre o período.
A nível nacional, o Brasil experimentou um aumento de 3,5% no estoque de empregos formais, que subiu de 42,958 milhões para 44,469 milhões. O número de estabelecimentos com empregados também aumentou em 2,4%, passando de 4,43 milhões para 4,53 milhões. O setor de serviços se manteve como o líder em termos de empregabilidade, com um aumento de 4,8%, enquanto o setor da construção teve o maior crescimento percentual, de 6,8%, passando de 2,664 milhões para 2,845 milhões de empregos formais.
– CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS