Sistema foi abolido em 2019, na gestão de Bolsonaro e, caso seja adotado, volte apenas depois do segundo turno
Por Silvia Frias | Campo Grande News
Hoje (15), o governo federal irá decidir se volta a adotar o horário de verão, ainda este ano. O ministro Alexandre Silveira vai se reunir com a equipe técnica no prédio da pasta em Brasília para definir a questão. Diante da urgência da decisão, Silveira reduziu em uma semana o período de férias e retornou ao trabalho ontem.
O governo federal irá decidir hoje se volta a adotar o horário de verão neste ano. O ministro Alexandre Silveira se reunirá com a equipe técnica para discutir a questão, considerando a urgência da decisão e o impacto na economia de energia. O horário de verão, que consiste em adiantar o relógio em uma hora, gera controvérsia e tem maior importância entre 15 de outubro e 30 de novembro. Apesar da crise hídrica que o Brasil enfrenta, o ministro afirma que a medida não impactaria o segundo turno das eleições e que os setores afetados teriam tempo para se preparar. O horário de verão foi abolido em 2019 pelo governo Bolsonaro.
O horário de verão consiste em adiantar o relógio em uma hora a partir de determinado período do ano. A medida sempre dividiu a opinião dos brasileiros e era adotada por conta da economia de energia.
“Se não houver risco energético, aí é um custo-benefício que terei a tranquilidade, a serenidade e a coragem de decidir a favor do Brasil e a favor do Brasil nem sempre quer dizer que vai economizar meio por cento, um por cento na conta de energia, porque qual impacto nos outros setores? Isso tem que ser um equilíbrio”.
De acordo com Silveira, a reunião foi marcada para terça-feira por causa da “imprescindibilidade de ser agora” e, para isso, é preciso que seja de imediato para permitir que os setores que serão impactados se preparem, embora, segundo ele, o cuidado que teve de conversar com os setores muito importantes para que se planejam.
“A importância maior do horário de verão, e tem muita importância, é entre 15 de outubro e 30 de novembro. Até 15 de dezembro tem uma importância vigorosa, não que ele não tenha depois, mas vai diminuindo a curva da importância dele”, disse.
Segundo dados do governo federal, o Cemadem (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) apurou que desde 1950, quando ele mede a questão pluviométrica no Brasil, o país vive a pior crise hídrica dos últimos 73 anos.
O ministro Alexandre Silveira disse ainda que, caso seja adotado pelo governo, o horário de verão não vai impactar o segundo turno da eleição, marcado para o dia 27 deste mês. “Se ele for decretado, não pega a eleição, porque tem que ter no mínimo 20 dias para que setores extremamente importantes se planejem, como o setor aéreo por causa das conexões internacionais e outros setores também como segurança pública”.
No último dia 9, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) apresentou as projeções para o período de outubro de 2024 a março de 2025.
Os números apontam incertezas com relação ao início e condições do período úmido, ainda que alguns modelos indicarem maior nível de precipitação a partir da segunda quinzena deste mês.
O horário de verão foi abolido em abril de 2019 pela governo Jair Bolsonaro. – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS