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Governo de MS vai mobilizar bancada federal para destravar questão alfandegária da Rota Bioceânica

Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

 

Uma das principais vantagens da Rota Bioceânico é a redução de 17 dias no tempo de transporte e a economia no envio de mercadorias até os portos do Pacífico. No entanto, para que esse benefício seja plenamente alcançado, é necessária a adesão do Brasil à Convenção TIR (Convenção Aduaneira sobre o Transporte Internacional de Mercadorias ao Abrigo das Cadernetas), um acordo multilateral que visa promover o transporte rodoviário internacional de forma segura e sem interrupções.

Atualmente, a adesão brasileira à Convenção TIR está em discussão no Congresso Nacional e sua aprovação é fundamental para transformar a Rota Bioceânica em uma rota rodoviária logística de alto desempenho.

Para acelerar esse processo e auxiliar na resolução das questões alfandegárias que envolvem a Rota, o Governo do Estado vai mobilizar a bancada federal de Mato Grosso do Sul em busca de apoio para dar celeridade na apreciação da matéria que trata do assunto.

A informação foi dada pelo secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), após reunião virtual realizada nesta sexta-feira (21) com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). O encontro contou com a apresentação da União Internacional de Transportes Rodoviários (IRU) sobre o sistema TIR.

“A partir de agora, o Governo do Estado atuará junto à bancada federal para buscar apoio à implementação do TIR. Já estamos articulando ações com o Senado Federal e com o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul para avançarmos nessa pauta. Vamos dialogar com nossa base parlamentar para impulsionar a aprovação da Convenção TIR”, afirmou Jaime Verruck.

Durante o Seminário Internacional da Rota Bioceânica e o Fórum de Governadores, realizado nesta semana em Campo Grande, um dos painéis abordou a questão alfandegária. “Foram debatidos dois pontos fundamentais: a infraestrutura e a legislação alfandegária vigente entre os países envolvidos. O fórum identificou que a legislação é um desafio a ser superado. Com apoio da consultoria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), está sendo realizado um estudo detalhado sobre os acordos bilaterais existentes”, explicou o secretário.

O especialista argentino Lucas Lagier, da União Internacional de Transporte Rodoviário (IRU), reforçou a importância da adesão do Brasil ao sistema. “O trânsito aduaneiro facilitado é a cereja do bolo. Precisamos de avanços significativos nessa área, pois ela envolve não apenas a confiança entre os países, mas também entre o Estado e o setor privado. Essa evolução é essencial para fortalecer a integração e a eficiência do comércio regional”, destacou.

Seminário Binacional

Para dar continuidade às discussões, um novo seminário entre Brasil e Paraguai será realizado nos dias 26 e 27 de fevereiro, em Foz do Iguaçu. “Vamos aprofundar o debate sobre a questão alfandegária com a participação dos setores público e privado. Essa foi uma das ações concretas definidas na reunião de hoje”, afirmou Verruck.

Ainda durante o encontro na ANTT, foi apresentada a estrutura do sistema TIR. “Essa apresentação foi essencial, pois entendemos que a TIR não é a solução definitiva, mas é uma parte fundamental para resolver os desafios alfandegários. Argentina, Uruguai e Chile já aderiram ao sistema, enquanto Paraguai e Brasil ainda não. Por isso, é crucial que o Brasil avance na aprovação da Convenção Internacional no Senado Federal”, enfatizou.

“Com a adesão, teremos um avanço significativo na questão alfandegária. Embora o sistema TIR não resolva todos os problemas, ele trará ganhos expressivos em termos de segurança e eficiência. Após o Seminário da Rota Bioceânica, já avançamos em dois pontos fundamentais: o agendamento do seminário binacional em Foz do Iguaçu e a apresentação do sistema TIR”, concluiu Jaime Verruck.

Rosana Siqueira, Comunicação Semadesc

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