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Barragem da Vale rompe em Brumadinho, Minas Gerais

Lama invade comunidade Vila Ferteco, mas Corpo de Bombeiros diz ainda não ter informações sobre mortos e trabalha no resgate dos feridos

Heloísa Mendonça

Marina Novaes

 

Uma barragem da Vale se rompeu nesta sexta-feira em Brumadinho, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Segundo a companhia, o rompimento aconteceu no início da tarde dessa sexta-feira, 25 de janeiro, na Mina Feijão. As primeiras informações indicam que os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. O Corpo de Bombeiros trabalha na busca e resgate de feridos, mas disse ainda não ter confirmação sobre mortes no local. As imagens, no entanto, mostram a região tomada por um mar de lama, apenas pouco mais de três anos após a tragédia ambiental de Mariana.

A Vale acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens.  “A prioridade total da Vale, neste momento, é preservar e proteger a vida de empregados e de integrantes da comunidade”, disse a empresa em nota. A tragédia ambiental de Brumadinho fez cair em 8% as ações da Vale na Bolsa de Nova York nesta sexta-feira.

Por volta das 13h30, a Prefeitura de Brumadinho alertou em suas redes sociais para a população da cidade manter distância do leito do Rio Paraopeba. O Instituto Inhotim, o museu a céu aberto de arte contemporânea localizado em Brumadinho, informou através de suas redes sociais que o parque foi esvaziado por precaução. Inhotim é um dos principais destinos turísticos do Estado e recebe milhares de turistas todos os meses.

Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional informou que está “monitorando e em contato constante com as equipes de Defesa Civil”. De acordo com a pasta, o secretário nacional de Proteção e Defesa civil, coronel Alexandre Lucas, está à caminho da região.

O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho acontece três anos após o desastre de Mariana, a maior tragédia ambiental do Brasil, que aconteceu em novembro de 2015. Na ocasião, a barragem de Fundão, da Samarco (propriedade da Vale e da BHP), se rompeu, matando 19 pessoas e provocou um tsunami de lama que avançou sobre a bacia do rio Doce até chegar ao litoral do Espírito Santo.

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