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Campo-grandense é preso em operação que investiga tráfico internacional de armas

Esquema movimentou R$ 1 bilhão e entre os presos está um ex-comandante da Aeronáutica do Paraguai

Dakovo: Campo-grandense é preso em operação que investiga tráfico internacional de armas
Ao todo foram apreendidas 1823 armas de fogo (Foto: Senad)

Campo-grandense de 39 anos foi um dos alvos presos na Operação Dakovo, deflagrada nesta terça-feira (5) pela Polícia Federal no Brasil, Paraguai e Estados Unidos. A ação tem objetivo de desmontar esquema que movimentou R$ 1 bilhão com o tráfico internacional de armas.

O campo-grandense preso atuava como vendedor de armas ilegais. Com ele foram encontrados documentados sobre as transações, um pen drive e também relógios de marcas.

Os procedimentos, liderados pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), já levaram à prisão de 13 pessoas, incluindo um general e um ex-funcionário da Dimabel (Diretoria de Material de Guerra).

Trata-se do General do Ar Arturo Javier González. Ele já foi presidente do Supremo Tribunal de Justiça Militar e se tornou comandante da Aeronáutica. Em sua posse encontraram perto de G. 1.000 milhões.

O outro militar de alta patente detido é o coronel Santiago Bienvenido Fretes, ex-diretor do Registro Nacional de Armas da Dimabel.

A Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) informou que no âmbito da Operação realizada no Paraguai foram apreendidas 611 armas longas e 1.212 armas curtas (pistolas), totalizando 1.823 armas de fogo, no valor aproximado de US$ 5.200.000.

Durante os procedimentos, também foram apreendidos 87.100 dólares em dinheiro, 96 mil dólares em cheques, relógios no valor de 250 mil dólares e canetas no valor de 50 mil dólares.

As investigações

A PF começou a investigação em 2020, quando da apreensão de armas no interior da Bahia. Os números de séries das armas estavam raspados, mas a perícia da PF conseguiu informações sobre os armamentos.

Foi descoberto que um argentino, proprietário da empresa IAS no Paraguai, adquiriu armamento de vários países, como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia, incluindo pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e munições.

Ele repassava as armas para facções no Brasil, principalmente para São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com a PF, o esquema ainda tinha a participação de doleiros e empresas ‘fantasmas’ no Paraguai e nos EUA.

As investigações também apontam corrupção e tráfico de influência na DIMABEL, órgão paraguaio encarregado de supervisionar e autorizar o uso de armas, que facilitava o funcionamento do esquema.

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