“Nós temos um aumento expressivo na área plantada e na estimativa de produtividade do milho. Isso mostra que estamos em uma linha de expansão agrícola, que deve ser mantida nas próximas safras, pois temos área disponível nesse sentido. Outro fator a se destacar é a janela de produção. O levantamento do SIGA nos mostra que 82% do milho foi plantado nesse período, revelando um perfil do produtor, que sabe a importância dos calendários agrícolas”, comentou o secretário Jaime Verruck, da Semagro.
A expectativa de produtividade saltou de 78,2 sc/ha para 83 sc/ha e pode chegar a 85 sacas por hectare, considerando a janela de colheita para lavouras plantadas até 10 de março. Os números demonstram melhoria das técnicas de plantio, assim como maior comprometimento dos produtores com a qualidade de solo e das sementes usadas.
A área plantada com milho safrinha nesta safra foi de 1.918 milhões de hectares. “Com esses números, Mato Grosso do Sul se consolida como o 3º maior produtor de milho safrinha do Brasil, correspondendo a 10% da produção nacional de milho 2ªsafra”, afirma o presidente da Aprosoja/MS, Juliano Schmaedecke.
“Esse desempenho é um sinalizador de que vamos precisar exportar. Hoje, 67% da nossa produção é absorvida pelo mercado interno, basicamente na nossa indústria de proteína animal, seja de suínos e aves. O acompanhamento dessa safra já sinaliza que haverá necessidade de exportação. O preço médio no mercado internacional anima os produtores, tanto que o governador Reinaldo Azambuja já recebeu o setor e estuda a possibilidade de o governo flexibilizar a paridade da exportação de milho, devido às condições favoráveis no mercado externo”, acrescenta o secretário Jaime Verruck.
O cultivo do milho tem importância estratégica para a indústria brasileira por ser o principal insumo para a produção de aves e suínos. O cultivo de cerais emprega mais de 2 mil trabalhadores formais no MS e 67,41% da produção estadual de milho é destinada a atender ao mercado doméstico.
O preço médio atual da saca de milho é de R$ 25,40, sendo 24% menor que os R$ 33 de maio de 218. Porém, o preço está em alta no mercado interno devido à valorização do dólar frente ao real. Até o dia 27 de maio 32,30% da safrinha 2019 havia sido comercializada.
O governador Reinaldo Azambuja destacou os bons resultados do Estado na agricultura, como resultado de tecnologia, empenho e defesa sanitária. “Sempre falamos safrinha de milho, mas hoje temos uma safra robusta e importante. Temos crescido ano a ano em produtividade e área plantada e essa é uma equação que deve perdurar no MS por longos anos, porque ainda temos espaço de área disponível para ser incorporada à agricultura e integrado com a pecuária”.
O Presidente da Famasul, Maurício Saito ressaltou que os números são importantes e motivo de comemoração, mas sem esquecer dos desafios que o setor enfrenta. “A projeção de uma supersafra para o milho safrinha no estado traz também novos desafios para o setor agrícola”.
Kelly Ventorim com Priscilla Peres – Agro Agência
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