Um vídeo encontrado no celular de um traficante mostra o corpo sendo retirado do túmulo

Após o seu assassinato em junho de 2016, quando o carro em que estava foi alvejado por fuzis e metralhadoras antiaéreas, o narcotraficante Jorge Rafaat ainda teve o corpo queimado depois do túmulo ser violado.
Elton Leonel Rumich da Silva, conhecido como Galant ou Galan, líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) na região da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, foi identificado nas imagens encontradas em um celular de um traficante no dia em que o túmulo de Rafaat era violado.
Segundo informações do Jornal O Dia, é possível em um diálogo ver quando Galant manda sumir com o caixão do narcotraficante. Rafaat estava enterrado em um cemitério na cidade de Ponta Porã. A violação da sepultura aconteceu no primeiro aniversário de morte do narcotraficante.
Galant é suspeito de participação na morte de Jorge Rafaat Toumani, pode ter envolvimento com o grupo terrorista libanês Hezbollah. Na última sexta-feira (19), o braço do narcoterrorismo no Rio foi citado pelo governador Wilson Witzel, durante uma coletiva. “Em breve, uma investigação revelará a ligação entre o tráfico e o Hezbollhah”, disse.
A prisão foi cumprida na Penitenciária Bangu I, no Rio de Janeiro (RJ), onde Galant se encontra detido. Considerado extremamente perigoso, ele chegou a oferecer R$ 7 milhões aos agentes da Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos) para não ter cinco celulares e uma caderneta com anotações de valores levados.
As autoridades investigam ainda a venda de drogas como uma das fontes de financiamento dos terroristas. O grupo libanês ainda teria aberto canais para o contrabando de armas destinadas ao PCC e ao CV, principalmente pela fronteira entre o Brasil e o Paraguai.
Execução Rafaat
Jorge Rafaat Toumani foi executado com mais de 16 tiros e teve morte instantânea na noite doa dia 15 de junho de 2016, em Pedro Juan Caballero, na fronteira. Os autores do assassinato do narcotraficante usaram armas de grosso calibre para o crime, fuzis AK 47, Mag antiaérea e metralhadoras. Os suspeitos estariam em três veículos.
As armas furaram a blindagem do Jipe Hummer ocupado por Rafaat. Várias outras pessoas teriam ficado feridas, dentre elas um policial identificado como Jorge Espindola. Um dos seguranças de Rafaat morreu durante o tiroteio, que durou mais de 20 minutos.