Vale do Ivinhema Agora
Polícia Política

Delator diz que nada era feito no governo Cabral sem o consentimento de Picciani

Ex-presidente do TCE disse que fez negócios com Picciani na compra de gado e que pagou dez parcelas de R$ 50 mil para lavar dinheiro de propina.

Por Alba Valéria Mendonça, G1 Rio

Jonas Lopes chegando na Justiça Federal para prestar depoimento em fevereiro deste ano.  (Foto: Reprodução/ TV Globo)

Jonas Lopes chegando na Justiça Federal para prestar depoimento em fevereiro deste ano. (Foto: Reprodução/ TV Globo)

O ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado Jonas Lopes de Carvalho disse, em depoimento no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), na manhã desta segunda-feira (9), que nada era feito durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral sem o conhecimento do ex- presidente da Alerj Jorge Picciani.

“Nada era feito sem aquiescência de Picciani”, garantiu Jonas Lopes, primeiro a prestar depoimento nesta manhã ao desembargador Abel Gomes, em segunda instância, sobre a Operação Cadeia Velha.

O ex-presidente do TCE ainda contou que fez negócios com Picciani na compra de gado e que pagou dez parcelas de R$ 50 mil para lavar dinheiro de propina.

O ex-presidente do TCE disse que em 2014 comprou 100 cabeças de gado da Agrobilara, de Picciani, pagando R$600 mil. Segundo ele, parte do dinheiro foi por fora e as notas fiscais foram entregues somente três anos depois, quando ele já era colaborador da Justiça.

Lopes disse também que o ex-governador Sérgio Cabral e Picciani tinham relação de amizade e que em reuniões entre ambos eram nítidas a ascendência política grande e a relação de amizade entre eles.

Alerj decidirá se Edson Albertassi, Paulo Melo e Jorge Picciani permanecem presos ou não  (Foto: Reprodução / TV Globo) Alerj decidirá se Edson Albertassi, Paulo Melo e Jorge Picciani permanecem presos ou não  (Foto: Reprodução / TV Globo)

Alerj decidirá se Edson Albertassi, Paulo Melo e Jorge Picciani permanecem presos ou não (Foto: Reprodução / TV Globo)

Nesta segunda também serão interrogados os deputados estaduais do MDB Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, presos na Cadeia Velha.

Após o depoimento de Jonas Lopes, o desembargador ouvirá o delator Carlos Miranda, que admitiu ter sido o principal operador do ex-governador Sérgio Cabral (MDB) no esquema criminoso.

Em depoimento na primeira instância, Jonas Lopes já havia dito que esteve na casa de Picciani para acertar mesadas de R$ 70 mil oriundas da Fetranspor. Os três deputados são acusados de favorecer os empresários de ônibus nas votações da Assembleia Legislativa (Alerj).

Related posts

Saiba quem são os militares de MS indiciados pela PF por tentativa de golpe

Anaurelino Ramos

Sinalização de ruas no bairro Umbaracá é reivindicada na Câmara

Anaurelino Ramos

Parceria garante investimentos às comunidades indígenas e ampliação da rede de proteção às mulheres

Anaurelino Ramos

Deixe um Comentário