Delegado Márcio Shiro Obara foi preso por suspeita de receber propina
Em um novo desdobramento da Operação Omertà deflagrada em Campo Grande, na manhã desta quinta-feira (18) um delegado da Polícia Civil que já era investigado na primeira fase da operação, que aconteceu em setembro de 2019, acabou preso. Um outro investigador também seria alvo da operação.
Em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande, mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em uma propriedade rural, com equipes do Garras e do Gaeco. Ainda não se sabe se houve prisões, apesar de haverem dois mandados.
O delegado, Márcio Shiro Obara, que foi preso estava sendo investigado na primeira fase da Omertà por receber propina no valor de R$ 100 mil depois do assassinato de Matheus Coutinho que acabou morto em frente de sua casa com tiros de fuzil, em abril de 2019.
Na primeira fase da Omertà, o empresário Jamil Name, Jamil Name Filho, além de policiais civis e guardas municipais foram presos por fazerem parte de um grupo de extermínio no Estado. As investigações do Gaeco tiveram início em abril de 2019, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.
Na segunda fase da Omertà, que aconteceu em março de 2020 foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em cinco cidades de Mato Grosso do Sul e em João Pessoa, na Paraíba. A segunda fase da operação foi deflagrada depois da descoberta de suposto plano para atentar contra a vida de autoridades envolvidas na investigação do caso, entre elas um promotor de Justiça do MP-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) que integra o Gaeco.
Omertà
O Garras e o Gaeco, com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.
A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.
As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.