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Em Campo Grande, Ciro Gomes (PDT) diz que agronegócio leva o país nas costas

O candidato à Presidência da República está em MS para inaugurar diretório estadual do partido

Por: Correio do Estado

O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, desembarcou em Campo Grande na tarde desta sexta-feira (9). Em entrevista coletiva, o presidenciável afirmou que gosta de Mato Grosso do Sul porque o Estado faz esforço no trabalho, especialmente no setor agrário que, segundo ele, “leva o país nas costas”.

Ciro está na Capital para inaugurar um diretório de seu partido em MS. Além disso, o candidato irá realizar sua campanha política junto de eleitores e apoiadores do Estado acompanhado de sua vice, Ana Paula Matos, do presidente nacional do partido, Carlos Lupi e do tesoureiro nacional e diretor regional da sigla, Marcos Panella.

“Mato Grosso do Sul é um desses pedaços que me fazem acreditar no Brasil porque aqui se faz esforço de trabalho. Essa é a minha proposta: vir em apoio aos que produzem, trabalham e carregam o Brasil nas costas, mas nem sempre tem o devido respeito”, destacou Ciro.

Embora tenha demonstrado muito apoio ao agronegócio, o pedetista apontou que, caso eleito, irá industrializar todos os cantos do país porque é no setor das indústrias que, segundo ele, estão as oportunidades de emprego.

“O agro gera muita divisa, mas gera pouco emprego. A gente precisa de emprego no meio urbano e isso só a indústria e o setor de serviços pode gerar”, explicou.

Ainda durante a entrevista, Ciro afirmou que o Brasil precisa ser independente do mercado russo para que o agronegócio possa se fortalecer. Ele lembrou que, em consequência da guerra da Rússia e Ucrânia, os fertilizantes ficaram 200% mais caros e os produtores tiveram prejuízo com esse reajuste.

“Hoje o agronegócio tomou prejuízo com o aumento dos fertilizantes porque o Brasil destruiu sua indústria e está importando da Rússia. Houve uma guerra e o Brasil está dependente de fertilizantes”, detalha.

Além de apontar a questão dos insumos, o presidenciável afirmou que a queda da Taxa de Juros a Longo Prazo (TJLP) e a taxa Selic a 13,75% também irá impactar a produção agropecuária no país todo.

Neste ponto, ele aproveitou para atacar o ex-presidente Lula (PT), que também concorre à cadeira presidencial.

“Esses dias vi com constrangimento o Lula falando que o agro é feito por fascistas, mas não é mesmo. Ele é feito por pessoas trabalhadoras”

E completou dizendo que os produtores rurais que foram para o lado de Jair Bolsonaro (PL), também candidato, o apoiam porque estavam cansados de roubalheira.

Marco temporal e reforma agrária

Ao ser questionado a respeito de suas propostas para a resolução do conflito por terras entre os povos originários e produtores rurais, Ciro afirmou que quer ser marcado na História como o presidente que pacificou essa questão.

“Precisamos fazer com que o Brasil respeite os povos originários e todas as populações tradicionais. Eu quero um lugar pra mim na História para dizer que pacificou esse assunto”, destacou.

O candidato enfatizou que o conflito por terras não é uma pauta apenas indígena, já que muitos ainda lutam por um lugar para produzir.

“Parte disso é dos indígenas e a outra é uma parte muito justa que também luta por terra. É preciso fazer as duas coisas serem atendidas sem brigas, violência e sem desrespeitar o Direito.”

O presidenciável concluiu dizendo que tem experiência para isso porque no Ceará, quando foi governador, não aconteceu nenhuma invasão porque ele organizou os movimentos

“Não faz sentido em um país como nosso não ter direito para as populações mais frágeis. O que não falta no Brasil é terra para quem precisa e quer trabalhar “, pontuou.

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