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Família é achada morta e amarrada em apart-hotel em Florianópolis

Segundo a Polícia Militar, cinco corpos foram encontrados no estabelecimento, que fica na praia de Canasvieiras. Escritas da facção criminosa foram deixadas na parede, segundo a polícia.

Por Anaísa Cattuci e Mariana de Ávila, G1 SC

Crime ocorreu em apart-hotel em Canasvieiras, Florianópolis (Foto: Thomas Braga/NSC TV)

Crime ocorreu em apart-hotel em Canasvieiras, Florianópolis (Foto: Thomas Braga/NSC TV)

Cinco pessoas, sendo quatro da mesma família, foram encontradas nesta sexta-feira (6) mortas e amarradas em um apart-hotel no bairro Canasvieiras, um dos principais destinos turísticos de Florianópolis. De acordo com as primeiras informações, as vítimas, com idades entre 39 e 78 anos, teriam sido mortas por asfixia. De acordo com a Polícia Civil, o crime deve ter sido planejado.

Segundo a Polícia Militar, seis pessoas foram feitas reféns por três homens armados na tarde de quinta-feira (5). Uma funcionária conseguiu fugir e acionar a polícia, que chegou no local por volta das 0h30. Escritas e uma sigla da facção criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram deixadas na parede, segundo a polícia.

De acordo com o Instituto Geral de Pericias (IGP), as vítimas da chacina estavam em cômodos separados do Venice Beach Apart Hotel e com cordas amarradas nas mãos, pés e pescoço. Um corpo foi localizado pelos policiais na lavanderia do subsolo, dois no segundo andar e os outros no terceiro andar. Havia gasolina espalhada pelos locais. Não houve registro de disparo de arma de fogo.

Polícia Militar isolou a área no bairro Canasvieiras (Foto: PM/ Divulgação)

Polícia Militar isolou a área no bairro Canasvieiras (Foto: PM/ Divulgação)

Ainda de acordo com a polícia, o pai e os três filhos eram de São Paulo, com residência há pelo menos 10 anos na capital catarinense. O outro era funcionário do apart-hotel. As vítimas são: Paulo Gaspar Lemos, 78 anos, Leandro Gaspar Lemos, 44 anos, Paulo Gaspar Lemos Junior, 51 anos, Katya Gaspar Lemos, 50 anos, e Ricardo Lora, 39 anos.

A família Lemos era proprietária do apart-hotel, chegou a ter uma casa noturna em Florianópolis e possuia uma corretora de seguros no nome deles.

Inicialmente, o Corpo de Bombeiros havia informado que eram seis corpos. No entanto, a polícia afirmou às 6h40 que se tratava de cinco vítimas. De acordo com os bombeiros, o equívoco ocorreu porque no momento do registro da ocorrência havia seis pessoas no apart-hotel. Uma funcionária conseguiu fugir.

 (Foto: Arte/G1)  (Foto: Arte/G1)

(Foto: Arte/G1)

Chacina

Três homens armados teriam invadido o hotel e rendido seis pessoas no estabelecimento, que fica na Rua Doutor José Bahia Bitencourt.

A invasão ocorreu por volta das 16h da quinta-feira (5) e os criminosos teriam permanecido no local até a madrugada. Na chacina, cinco pessoas foram mortas e uma funcionária conseguiu fugir.

“Apesar de eles renderam as pessoas com arma de fogo, arma curta, não teve nenhum indicativo de (uso de) arma de fogo, não foi encontrado sangue, a princípio a causa morte foi asfixia”, explica o tenente-coronel Marcelo Pontes. Eles foram colocados de barriga para baixo, amarrados.

Até esta publicação, os criminosos ainda não haviam sido identificados e ninguém foi preso. O delegado Ênio Matos, da Delegacia de Homicídios de Florianópolis, havia sido acionado para o caso, e apurava as primeiras informações.

Cinco corpos são encontrados em hotel de Canasvieiras, em Florianópolis

Cinco corpos são encontrados em hotel de Canasvieiras, em Florianópolis

“Tudo indica que foi um acerto de contas. Porque essa família era de São Paulo, estavam aqui em Florianópolis, e os autores do homicídio deixaram algumas inscrições nas paredes como se tivesse cobrando alguma dívida, uma vingança oriunda de São Paulo”, disse o tenente-coronel Marcelo Pontes.

A área do hotel foi isolada e trabalham no local equipes da Polícia Civil, do IGP e da Delegacia de Homicídios.

Conforme a Polícia Militar, desde as 22h de quinta-feira são feitas intensas rondas em todo a cidade, com operação no Norte da Ilha.

Sem passagens por tráfico

Segundo a Polícia Militar, a família e o funcionário do hotel não tinham passagens criminais ligadas ao tráfico de drogas em Santa Catarina.

Paulo Gaspar Lemos chegou a responder por calúnia e difamação e Leandro Gaspart Lemos por apropriação indébita.

Paulo Gaspar Lemos Junior, Katya Gaspar Lemos e Ricardo Lora não tinham passagens policiais no estado.

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