Oficinas, shows, rodas de conversa e estímulo ao cinema na escola integram programação do mais longevo festival de cinema do estado
A cidade de Ivinhema (MS) celebra de 10 a 16 de agosto de 2024, no Galpão das Artes, a 18ª edição do Festival de Cinema do Vale do Ivinhema (FestVali).
Esse que é o mais longevo e tradicional festival de cinema de Mato Grosso do Sul, se mostra fortalecido, chegando ao seu vigésimo quinto ano sendo realizado no município, dedicado à promoção e celebração do cinema latino-americano.
Em entrevista ao TeatrineTV, o responsável pelo festival, o cineasta e produtor cultural Ricardo Câmara, revelou que a comunidade escolar da pequena cidade no vale tem forte influência no surgimento do FestVali. “Esse festival começou num colégio particular de Ivinhema. Eles queriam fazer uma festa do Oscar, onde dariam o prêmio ‘Glaubinho’, e para fazer isso fizeram uns filmes, isso lá nos anos 2000. E aí fizeram três, quatro filmes, o professor Leonimar Bacchiegas que estava à frente, e ele é coordenador pedagógico da Fundação Nelito Câmara até hoje. E aí foi a primeira vez que teve competição”, introduziu Câmara.
Então, quando a Fundação Nelito Câmara abriu em 2004, já havia ocorrido ao menos três festivais. Com intuito de ampliar o alcance da proposta, na época, o professor Leonimar procurou as lideranças da Fundação e fez uma provocação. “O Leoni disse: ‘olha, eu tenho esse projeto. A gente faz os filmes estudantis, aí a gente coloca premiações e tals’. Ele perguntou se não queríamos fazer mais amplo, no município todo, aí nós compramos a ideia e foi bem bacana já no primeiro ano. Então, começamos a colocar um tema, uma mostra de filmes e começamos a fazer as oficinas. Assim, o festival foi crescendo junto com a comunidade ano a ano, e era uma mobilização gigantesca”, anotou.
Ainda de acordo com Ricardo, o festival mobilizava alunos e pais, que muitas vezes atuavam nos filmes, e a disputa era acirrada no quesito ‘marketing’. “Tinha uma premiação para divulgação [risos], cara, então era um terror. Pelo prêmio da divulgação eles pintavam carros, casas, ruas, era disputa de nível gincana”.
COMPRA DO CINECULTURA
Com o crescimento exponencial do festival, um amigo de Câmara o estimulou a buscar um espaço exclusivo para a mostra cinematográfica. “O Pedro Ortale passou lá em Ivinhema, ele é nosso amigo e estava lá para pescar. E quando ele conheceu mais a fundo as ações da Fundação, ele falou: ‘vocês precisam ter um espaço para fazer esse festival'”.
Então, Pedro teria sugerido à Câmara que negociasse com o empresário e produtor cultural de cinema, teatro e televisão, Nilson Rodrigues, a compra da estrutura do CineCultura, que teve início em 2002 em Campo Grande e fechou em 2010. “O Pedro falou: o Nilson fechou o CineCultura e ele vai acabar levando para Brasília, para deixar lá num galpão. E aí eu falei: ‘mas a gente não tem grana’. E o Pedro insistiu: ‘negocia, que ele vai fazer a metade do preço para vocês. Eu falei: mas metade do preço de onde? O Pedro disse: não sei, mas negocia que tenho certeza de que ele prefere deixar o cinema aqui no estado do que levar embora”, pontuou Câmara.
Com a intenção de adquirir a estrutura do cinema, Câmara foi à Campo Grande falar com Rodrigues. “Ele falou: ‘é R$ 100 mil! Pode fazer em várias vezes, que eu não quero de fato levar o cinema daqui, só que até o final de semana’. Isso era numa quarta-feira, até o final de semana, porque segunda já tinha um caminhão ajustado para levar tudo”.
Para realizar a compra da estrutura do CineCultura, Câmara procurou empresários conhecidos que tinham apreço pela 7ª arte. “Tem a PecoAgro, e na época o diretor, o Marcelo Vieira, ele gostava muito de cinema porque é genro da Eliane Lage e do Tom Payne, o Tom que criou o Vera Cruz e a Eliane, grande atriz. E eu falei para ele, e a maneira que eu o conquistei foi a seguinte… Estavam vindo funcionários para Ivinhema, que saiam de Ribeirão, Rio Preto, que falavam: ‘porra, esse lugar é o fim do mundo!’. Eu disse: ‘Marcelo, se a gente tem um cinema na cidade, você vai poder falar: não é o fim do mundo, tem até cinema (risos). E foi aí que ele falou com outros empresários, e eu também, e compramos o Cinecultura e abrimos o Cinelito”, detalhou.
Assim, Ricardo Câmara adquiriu projetor, pipoqueira, cadeiras, enfim, o cinema de portas fechadas. “Foi comprar em Campo Grande e montar aqui. O Marcelo gostou e assim conseguimos. Abrimos o Cinelito com uma sala chamada Tom Payne, em homenagem ao cineasta”.
CRESCIMENTO EXPONENCIAL
Desde então, o festival segue crescendo, sempre com apoio do Sesc Cultura: “A gente começou a oferecer premiação para longas, começamos a trazer diretores de cinema, veio a Zezé Mota, a Perla, fizemos uma homenagem para Delinha, no último trouxemos o Arnaldo Antunes… Enfim, fomos ampliando o escopo cultural”.
Impulsionado pela população ivinhemense e outros municípios do vale, o festival passou a ocupar grande espaço no calendário nacional de festivais. “Na época que abriu o cinema, que era novidade, o filme do Selton Melo, ‘O Palhaço’, teve mais de mil e quinhentos expectadores nas sessões. O cinema se tornou uma referência local e regional. As pessoas sabem! Tivemos coisas importantíssimas, por exemplo, a primeira vez que passou ‘Bacurau’ em Mato Grosso do Sul foi no Cinelito durante o festival. Veio gente da UFGD, veio gente do Instituto Federal de Nova Andradina, veio gente em ônibus para assistir o festival”, mencionou Câmara.
Para o produtor, o festival deu aos moradores de Ivinhema o orgulho de ser, a cidade com pouco mais de 27 mil habitantes, dona do mais longevo festival cinematográfico do estado. “Mesmo aquela pessoa que nunca entrou lá no cinema, ele tinha orgulho da cidade dele ter cinema… Nos fóruns, as pessoas sempre levantavam: nossa cidade tem cinema”.
DESAFIO PANDÊMICO E POLÍTICO
Durante a pandemia de Covid-19 o Festival de Ivinhema enfrentou desafios e superou preconceitos de gestões extremistas. “Depois com pandemia tivemos que fechar o cinema comercial e levar para os galpões da fundação, com o governo do Bolsonaro, com o governo Juliano Ferro, que é o prefeito da cidade, que quando ele ganhou [em 2020], ele rasgou o convênio que a instituição tinha com a prefeitura, que era um convenio padrão como as outras entidades. Ele rasgou porque falou que aquilo não servia para nada, era formador de veado, aquelas coisas que esse pessoal pensa das artes”, lamentou Câmara.
Um dos desafios do festival, é manter um público cativo não apenas nas sessões e nos shows. “Teve ano que chegamos a ter seis mil participando durante o festival. O ano passado, se não me engano, foi três mil e quinhentas. Porque, daí as pessoas participam dos shows, das oficinas, que é uma das partes mais importantes. São as oficinas que darão alicerce para os filmes que serão produzidos no ano seguinte. Aí tem mesas de discussão”, avaliou.
CINEMA E EDUCAÇÃO ALIADOS
Ao longo das dezoito edições, a Fundação Nelito Câmara mirou por meio do festival de Ivinhema, promover exclusivamente o fortalecimento da cultura cinematográfica no vale. “Vamos dizer que quinze anos foi focado só na cidade. A nossa preocupação era que a cidade tivesse com a Fundação Nelito Câmara em geral. Claro que passava além de Ivinhema para a região, mas o que mais queríamos era atender esse lugar que era desértico de cultura, ter equipamentos culturais e formação cultural”, explicou Câmara.
Conforme o responsável pelo FestVali, todas as ações nessas décadas são sustentadas por estudos experimentados na prática. “É a cidade que eu nasci, é onde eu posso colocar, onde eu apliquei, tudo que eu apliquei na Fundação Nelito Câmara, foi o Programa de Doutorado em Humanidades que eu fiz lá em Barcelona. Foi uma coisa vindo de uma teoria, que colocamos na prática que deu muito certo”.
Uma das estratégias destacadas por Câmara, é a de que o festival tem na educação de base uma aliada inerente para o crescimento. “A cidade tanto frequenta os filmes, os shows, como na produção dos filmes estudantis. O nosso grande pulo do gato é a produção dos filmes estudantis, que de Ivinhema a gente começou abrir e hoje pode ser inscrito no Brasil todo. A gente já teve filme de Sinop (MT), de Sidrolândia e outras cidades de Mato Grosso do Sul concorrendo aos curtas”.
Estimular a cultura cinematográfica junto aos alunos da educação básica é uma receita vitoriosa apontada com orgulho por Câmara. “Esse prêmio ele foi tão inovador, que a gente já foi finalista cinco vezes do prêmio Itaú Unicef, com esse projeto específico da competição dos filmes estudantis. Depois isso serviu de espelho para o município de Campo Grande, que já realizou um nos moldes do de Ivinhema, eu fui dar palestra e fazer capacitação das pessoas. E hoje o estado também tem, que inclusive chama ‘Prêmio Joel Pizzini’, que é muito espelhado nessa nossa questão de as escolas produzirem junto com os alunos, que pensam desde o roteiro a finalização, e contam suas histórias”, destacou.
CURADORIA, COMPETIÇÃO, OFICINAS, EXPOSIÇÕES E HOMENAGEM
A curadoria do festival é tradicionalmente feita por Joel Pizzini, autor de ensaios documentais premiados internacionalmente como Caramujo-Flor (1988), Enigma de Um Dia(1996), Glauces (2001) e Dormente (2006). Joel também conquistou com ‘500 Almas’ (2004) e ‘Anabazys’ (2009), além da seleção oficial no Festival de Veneza, os prêmios de Melhor Filme, Som, Fotografia, Especial do Júri, Montagem, nos Festivais do Rio, Mar Del Plata, e Brasília. “O processo a curadoria está com a diretoria da Fundação Nelito Câmara, e o curador é o Joel Pizzini, que está há mais tempo. Os longas é por escolha dele. O Joel remete a diretoria e a diretoria seleciona. Agora ele já mandou uma lista com 20 e tantos longas, e daí saem dez que vão fazer parte da mostra competitiva, então são a convite”.
Além da competição cinematográfica, o FestVali oferece, desde maio desse ano, diversas oficinas. “Já tivemos oficinas de interpretação com a Beatrice Sayd e tivemos oficina de edição, que na verdade foi um passo a passo para a produção cinematográfica, que foi com o Renan Braga e teremos ainda uma oficina de produção de cinema mais de linguagem, com a Ana Ivanova, uma atriz Paraguaia que tem estado aqui em Mato Grosso do Sul, que traz uma visão sul-americana na linguagem. As oficinas são mais dedicadas a esses alunos que vão fazer a produção de começo ao fim. Além disso, vamos ter workshops também, que vai ser feito Ivinhema, Nova Andradina, Angélica e Novo Horizonte do Sul”.
Uma das convidadas dessa edição é Mariana Villas-Bôas, diretora de arte do Rio de Janeiro, conhecida por seu trabalho na TV Globo como cenógrafa assistente em produções como ‘Velho Chico’, ‘Meu pedacinho de chão’ e ‘Dois Irmãos’. Villas-Bôas atua também como cenógrafa e assistente de arte no mercado audiovisual, tendo integrado equipes de filmes como “A paixão segundo G.H”, “Agreste”, “Sol”, “Epitaph” e “Depois do Trem”. A profissional assinou a direção de arte da série “200 anos da independência” para TV Cultura e, em 2023, co-dirigiu a arte da série “Betinho: No fio da navalha” da Globoplay, em parceria com Tulé Peake.
O FestVali ainda vai oferecer ao público exposição de fotos produzida pela fotógrafa Elis Regina Nogueira, que percorrerá os municípios da região.
Completando as ações, o festival deve prestar homengem a artista da música Helena Meirelles (Nova Andradina, 13 de agosto de 1924 — Campo Grande, 28 de setembro de 2005). “A dona Helena, que tem uma história com a Fundação, nós quase fizemos o último show dela. Infelizmente, na época ela estava marcando uma frente fria muito forte e eu a conhecia e sabia que ela estava enfrentando problemas pulmonares e cancelei o show, e ela dicou muito triste com isso, inclusive. Além disso, parte da família dela mora em Ivinhema, e o filme do Francisco de Paula foi gravado na fazenda Paraíso que é no município de Ivinhema. Nesse centenário da Helena não poderíamos deixar de fazer essa reverência à ela. Atualmente é muito curioso, porque há uma disputa entre Bataguassu e Nova Andradina para saber em que local exato ela nasceu. E a gente aqui tem nossa ligação cultural, temos o colaborador da Fundação de tempos, o Mário Araújo, sobrinho da Helena que levou ela para o exterior e construiu toda aquela imagem dela. E a ideia é passar um filme que estamos definindo se será o do Francisco de Paula, ou se vai ser o Dona Helena, e fazer uma mesa pra debater a história dela. E pretendemos entregar uma troféu/homenagem para uma familiar dela”.
CURTAS COMPETEM NO 18º FESTVALI
Pela primeira vez em 18 anos, a Fundação Nelito Câmara abriu edital (íntegra) para inscrições para à Mostra Competitiva de Curtas do 18º Festival de Cinema do Vale do Ivinhema. São aceitos filmes finalizados em 2023. As produção podem ser inscritas até o dia 20 de julho de 2024, por meio do formulário disponível no site oficial do festival ou pelo link https://forms.gle/19G7U33pJdmVeunS7.
O regulamento destaca que cada concorrente poderá inscrever um filme com duração máxima de 20 minutos, nos gêneros de Documentário ou Ficção. Os filmes devem estar finalizados no momento da inscrição, e serão avaliados prioritariamente pelo conteúdo, independentemente do formato de exibição (720 x 480 pixels, AVI, MPEG, Quicktime, MOV).
Os interessados devem incluir na inscrição uma sinopse em português, material de divulgação do filme (cartaz, release, etc.), além de informações completas da equipe responsável pelo curta. As mídias enviadas farão parte do acervo do Festival, podendo ser utilizadas sem fins comerciais por um ano.
A seleção dos curtas será realizada por uma curadoria especializada, seguida pelo julgamento presencial de um júri regional convidado. O filme vencedor receberá o prêmio de R$ 2 mil.
Além disso, também está aberto até 20 de julho as inscrições no edital (íntegra) exclusiva para Mostra Competitiva de Curtas Estudantis. Nesse caso podem ser inscritos filmes finalizados em 2024, com duração máxima de 20 minutos, sem restrições quanto ao formato escolhido. A participação é gratuita e as inscrições devem ser feitas através do formulário disponível no site oficial do festival: https://forms.gle/fy1P4w2Yu56pZtcq9.
No caso dos estudantes, além da obra completa, os inscritos devem fornecer uma sinopse em português, material de divulgação (como cartaz e release), e três fotos do filme para uso na imprensa.
Os curtas serão avaliados por uma comissão selecionadora inicial e posteriormente pelo júri presencial regional, que poderá atribuir notas de 1 a 10 aos melhores filmes. Para incentivar a produção escolar, filmes produzidos integralmente por alunos com apoio de professores receberão um ponto de bônus na premiação.
Os prêmios para os três melhores curtas estudantis são de R$ 1 mil para o 1º colocado, R$ 600 para o 2º colocado, e R$ 400 para o 3º colocado.
RIO IVINHEMA PARQUE
Na abertura do 18º FestVali, em 10 de agosto, haverá show de MC Anarandà e o show principal do músico Chico César, deve haver também a premier de um longa-metragem que aborda a história do Rio Ivinhema. “O filme que conta a história do Ivinhema, está sendo produzido e dirigido pelo Maurício Coppet, e queremos ter a premier no festival. É um projeto antigo nosso, com a participação do professor Gilson Martins, Carlito Dutra e contado pelo viés dos indígenas Ofayé, que é quem vivia, habitava esse espaço. Então, a gente espera ter um primeiro corte para apresentar no festival”, adiantou Câmara.
Apesar dessa edição ter como tema “Rio Ivinhema – 25 anos do Parque”, Câmara esclareceu que os filmes não serão selecionados olhando especificamente para história que abordem o Rio. “Claro que tem uma visão um pouco mais socioambiental, diante do tema que é os 25 anos do Parque das Várzeas do Rio Ivinhema, mas não leva em conta a questão do Rio Ivinhema nas seleções dos filmes, porque uma das características do nosso festival desde o início é que são filmes latino-americanos, sul-americanos sobretudo, mas latino-americanos no geral. Então, vem filmes do Paraguai, da Argentina, então a gente não poderia colocar isso como obrigatoriedade”.
O produtor explicou que a escolha do tema está relacionado com a uma celebração de uma data histórica para o vale. “São algumas questões que a gente colocou para escolher esse tema. Primeiro, meu pai, Nelito Câmara, foi ele que é o autor do projeto de lei da criação do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema. E essa criação está fazendo 25 anos, esse ano, começou em dezembro de 2024 e vai até dezembro de 2025. E pelo festival fazer parte do Vale do Ivinhema, está voltado ao Vale do Ivinhema, queremos muito estar dentro do Parque também. Nosso projeto é que esse ano, a gente mostre o filme do Parque para convidados dentro do próprio Parque. O Parque não é aberto a visitação, é aberto apenas a pesquisas e estuados, então ele não está aberto, e nossa intenção é que quando ele se abra a visitação já se abra com esse registro de uma exibição cinematográfica”.
ALIADOS NO DESAFIO
Mesmo diante de desafios, o Festival de Ivinhema ocorre todo ano, muito em razão da aliança entre os amantes da sétima arte, a comunidade escolar e população da cidade na vale. “Sempre nosso desafio é conseguirmos o apoio econômico para a estrutura, mas com ou sem grana a gente faz esse festival, porque a gente está com as escolas, um público estudantil que eles produzem, a gente faz a competição. E graças a Deus, com o tempo a gente ficou conhecido nas distribuidores e hoje já não pagamos mais, por exemplo, a Vitrine é muito parceira nossa, cineastas como o André Novaes, sempre que tem filme novo nos manda, e adicionamos à Mostra, entre outros aliados nesse desafio.
Ricardo Câmara considerou que agora Ivinhema está se preparando para abrir às portas ao turismo cinematográfico e avançar em novos patamares. “Não tem ainda no FestVali esse espaço de comercialização, porque a gente não tem turista. Hoje a gente está avançando para isso, esse é o próximo passo, é trazer as pessoas de fora participarem também do festival como expectador. Porque até o momento temos o público acadêmico, a comunidade local, alunos… agora é avançar”, prospectou.
Aliados como Joel Pizzini são mencionados por Câmara como essenciais para o crescimento gradual e duradouro do festival. “A grande questão é financeira, sempre, porque precisa-se de gráfica, divulgação, para ter convidados precisa de hotel, alimentação. Então, temos a receita bolo, que é o festival estudantil, e a cada ano vamos aprimorando, dando novos passos. Igual te falei, começou com a festa do Oscar, com o Glaubinho, e que a cada ano fomos aprimorando, e o Joel Pizzini que está com a gente desde o início”, finalizou Ricardo Câmara.
Veja a programação completa do FestVali no instagram oficial da Fundação Nelito Câmara.