Categoria decidiu pela paralisação por tempo indeterminado em assembleia na noite desta segunda-feira
Trabalhadores dos Correios de Corumbá paralisaram as atividades nesta terça-feira (30), suspendendo a entrega de correspondências na cidade. A categoria protesta contra as condições de trabalho e decidiu pela greve por tempo indeterminado em assembleia na noite desta segunda-feira (29).
Segundo a assessoria de imprensa do Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso do Sul), as reclamações foram feitas à superintendência da estadual por meio de ofícios, enviados nos dias 2, 19 e 22 deste mês, mas que a empresa não tomou providências e nem sinalizou que fará melhorias.
Ainda conforme o sindicato, faltam veículos para as entregas e os problemas começaram quando foi implantado na cidade o chamado DDA (Distribuição Domiciliar Alternado), que gerou acúmulo de correspondências e por consequências atrasos.
Os funcionários explica que com o novo sistema, houve aumento significativo no número de correspondências registradas para entrega em cada ponto de distribuição, passando de 50 para 120, até 150 correspondências por dia.
A presidente do Sintect, Elaine Regina Oliveira afirmou que “é inconcebível que os trabalhadores sejam obrigados a atuarem com revezamento, paralisando a entrega por falta de condições mínimas e obrigatórias que a empresa deve conceder para uma unidade que entrega correspondência e objetos numa cidade com quase 110 mil habitantes”.
Elaine revela que nesta segunda-feira (29), havia de 30 a 40 mil cartas parados na unidade de distribuição porque os carteiros não estavam dando conta de fazer todas as entregas. Na cidade, o efetivo é de pouco mais de 20 funcionários na área operacional e hoje, só 2 deles estão nos postos de trabalho.
A sindicalista disse também que os trabalhadores tem ciência de que a paralisação prejudica a população corumbaense, mas defende que “esta foi a última forma de chamar a atenção para uma situação que não tem mais como ser ignorada pela administração regional dos Correios”.
A reportagem pediu posicionamento da empresa, mas até o fechamento da matéria os Correios não haviam retornado.