Ao todo, Mato Grosso do Sul confirmou 8 casos, sendo 7 em Campo Grande e um em Itaquiraí
Por Rafaela Moreira, g1 MS — Mato Grosso do Sul
Varíola dos macacos é semelhante à varíola que já foi erradicada, mas menos severa e menos infecciosa — Foto: Science Photo Library
Mais dois casos de monkeypox, doença conhecida como varíola dos macacos, foram confirmados, neste sábado (6), em Mato Grosso do Sul. Com isso, o estado totaliza oito notificações. Os pacientes são moradores de Campo Grande e Itaquiraí.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), ainda há a investigação de outros onze casos suspeitos. No dia 15 de julho a SES confirmou o primeiro caso de varíola dos macacos em Mato Grosso do Sul, sendo um homem, de 41 anos, que é residente em Campo Grande.
Os onzes casos em investigação envolvem pessoas que moram nas seguintes cidades: Campo Grande (3), Três Lagoas (3), Dourados (1), Cassilândia (1), Ponta Porã (1), Camapuã (1), além de Bandeirantes (1).
Formas de transmissão
Varíola dos macacos: o que você precisa saber
Apesar do nome, a doença viral não tem origem nos macacos. Apenas foi identificada pela primeira vez nesses animais. A transmissão pode ocorrer através do contato com animal ou humano infectado (veja vídeo acima).
O contágio entre humanos ocorre por meio do contato direto com secreções respiratórias, lesões na pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, ou a partir do contato com superfície ou objetos recentemente contaminados.
A varíola dos macacos pode ser transmitida por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados.
Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
Pode ocorre transmissão de pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença.
Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar por meio de sêmen ou fluidos vaginais. Também pode haver transmissão das seguintes formas:
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto através da placenta;
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
Conheça os sintomas
Os principais sintomas da varíola dos macacos são:
- Febre
- Dor de cabeça
- Dores musculares
- Dor nas costas
- Gânglios (linfonodos) inchados
- Calafrios
- Exaustão
- Como se proteger
O uso de máscaras, distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.