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Educação Política

MS poderá ter política de educação permanente contra a violência de gênero

Deputada Gleice Jane usando a palavra durante sessão plenária; parlamentar é a autora do projeto

 Por: Osvaldo Júnior   Foto: Luciana Nassar

Profissionais diversos, sobretudo das áreas da educação, saúde e segurança pública, poderão receber capacitação permanente para o enfrentamento da violência contra mulheres. É o que prevê o Projeto de Lei 50/2025, protocolado pela deputada Gleice Jane (PT) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). A proposta começou a tramitar nesta sexta-feira (7) e deve ser apresentada em sessão plenária da próxima semana.

O projeto institui em Mato Grosso do Sul a Política Pública de Educação Continuada em Prevenção à Violência de Gênero. A iniciativa visa à capacitação permanente na prevenção e enfrentamento da “violência contra mulheres e meninas, além de garantir-lhes assistência integral e proteção dos direitos fundamentais”.

Além de promover a capacitação continuada, a proposta objetiva fomentar o conhecimento sobre as desigualdades históricas e estruturais que contribuem para a violência de gênero; capacitar servidoras e servidores para o atendimento especializado e humanizado voltado às vítimas de violência; e áreas da educação, saúde e segurança pública.

“A desigualdade de gênero refere-se a uma realidade em que homens e mulheres não têm acesso às mesmas oportunidades, recursos, poder e status na sociedade, devido aos papéis e expectativas socialmente atribuídos a cada gênero”, explica a deputada Gleice Jane na justificativa do projeto.

Para reforçar a importância da proposta, a deputada menciona a alta incidência de feminicídios no estado. “Mato Grosso do Sul é um dos estados brasileiros com os maiores índices de feminicídio, e todos os dias surgem notícias sobre feminicídios e diversos tipos de violência doméstica na mídia impressa e digital”, disse. Apenas neste ano, aconteceram seis feminicídios e 11 tentativas em Mato Grosso do Sul.

Após a leitura em sessão ordinária, o projeto ficará em período de pauta para eventual recebimento de emendas. Depois, seguirá para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Se o parecer for favorável, continuará tramitando com análises e votações nas comissões de mérito e em sessões plenárias.

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