Brasil reiterou a meta de redução da mortes de mulheres entre a gestação e o puerpério em 50% nos próximos 12 anos
O Brasil não cumpriu o pacto internacional com a ONU (Organização das Nações Unidas) para a redução de 75% das mortes maternas até 2015, e registrou aumento da ocorrência em 2016. No entanto, na contramão dos dados nacionais, Mato Grosso do Sul registrou queda nos óbitos.
A morte materna é qualquer óbito que acontece durante a gestação, parto ou até 42 dias após o parto, desde que decorrente de causa relacionada ou agravada pela gravidez.
Segundo dados do Ministério da Saúde, 28 mulheres morreram em 2016, sendo seis óbitos em Campo Grande e três em Corumbá, cidades com mais registros. No ano anterior, foram 31 óbitos, sendo sete deles em Campo Grande e quatro em Corumbá, os dois municípios com mais mortes.
Tanto em 2015 como em 2016, a maior parte das vítimas tinha entre 20 e 39 anos. O ano de 2016 foi o último ano com dados oficiais consolidados.
Compromisso – Em 2000, o país fez pacto para baixar em 75% as mortes maternas até 2015 dentro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, fixados pela ONU com apoio de 191 países.
Em maio deste ano, o Brasil reiterou a meta de redução da mortalidade materna em 50% nos próximos 12 anos, chegando a 30 mortes por 100 mil nascidos vivos em 2030 —o plano original era chegar a 2030 com 20 mortes por 100 mil.