Investigação do Gaeco mostrou que agentes de segurança integravam até grupo de mensagem instantânea com as lideranças do grupo
O Conselho Permanente de Justiça condenou quatro policiais militares por envolvimento com uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas, comércio ilegal de armas de fogo e lavagem de dinheiro.
A decisão foi unânime em rejeitar os argumentos das defesas, em resposta à acusação derivada de investigação do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (GAECO), durante a operação Paraíso Marcado 2.
As condenações foram as seguintes:
1. Um dos policiais foi condenado a 10 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão.
2. Outro policial foi condenado a 15 anos e 11 meses de reclusão.
3. Um terceiro policial foi condenado a 5 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão.
4. O quarto policial também foi condenado a 5 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão.
Durante os trabalhos de apuração, foi requerido pelo Ministério Público o afastamento do sigilo telemático e telefônico dos envolvidos, permitindo acesso ao histórico de mensagens, trocas de mensagens e eventos do WhatsApp em alguns períodos, além da bilhetagem das chamadas telefônicas.
Entre os indícios de envolvimento dos agentes públicos de segurança, foi identificada a participação em grupo de mensagem instantânea com os líderes do grupo criminoso, sediado na cidade de Bonito.
As penas foram determinadas com base na gravidade dos crimes, que incluíram tráfico de drogas e comércio ilegal de armas de fogo, além do impacto negativo na imagem da Corporação Militar e na sociedade.
Todos os condenados deverão iniciar o cumprimento das penas em regime fechado, podendo apelar em liberdade se não estiverem presos por outros motivos. Além disso, foi aplicada a pena acessória de exclusão dos quadros da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul.
O processo contra os civis acusados de integrar a organização criminosa está tramitando na comarca de Bonito.
Texto: Marta Ferreira de Jesus/Jornalista-Assecom
Imagem: GAECO/MPMS