Golpistas pediam doações em dinheiro utilizando o número de telefone de políticos
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (17), operação para desarticular grupo que clonava números de telefone para aplicar golpes por meio do WhatsApp, aplicativo de troca instantânea de mensagens. Entre as vítimas estão o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB); o prefeito Marquinhos Trad (PSD) e o o deputado federal Geraldo Resende (PSDB).
Na operação batizada de Swindle, que significa “fraude” em inglês, policiais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva no Maranhão e em Mato Grosso do Sul. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Brasília.
De acordo com a PF, o grupo abria contas bancárias falsas e utilizava contas “emprestadas” por integrantes para receber valores provenientes das fraudes aplicadas em razão do desvio dos terminais telefônicos.
Os suspeitos se “apossavam” das contas de WhatsApp de autoridades públicas e, fazendo-se passar por estas, solicitavam transferências bancárias das pessoas de suas listas de contato.
De acordo com o portal G1, a ação é desdobramento de um pedido de ministros do governo Michel Temer que tiveram telefones celulares clonados. Além de Marun, Eliseu Padilha (Casa Civil) e o ex-ministro Osmar Terra (Desenvolvimento Social), todos do MDB, pediram investigação policial depois de terem os telefones celulares clonados.
Segundo os relatos dos ministros, mensagens foram enviadas aos contatos deles por meio do aplicativo WhatsApp com pedidos de depósitos bancários. O mesmo procedimento foi utilizado com os números de Marquinhos Trad e Geraldo Resende.