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PF não tem equipamentos para analisar celulares quebrados por sargento durante ação contra cigarreiros

por: midiamax

A PF (Polícia Federal) respondeu nesta quinta-feira (30) ao pedido feito pela Justiça para a realização de perícia nos aparelhos celulares quebrados do 2º sargento da Polícia Militar e ex-assessor de segurança velada do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

A resposta foi encaminhada nesta quinta (30), a Justiça e dizia em despacho que a Polícia Federal “não tem equipamentos para atender a demanda solicitada e as sugestões que podem dar solução ao caso apresentado”.

No dia 17 de agosto, a Justiça pediu ajuda à Polícia Federal para a perícia nos celulares de Ricardo. O MP (Ministério Público) teria se oposto ao perito indicado pelo sargento. Em despacho, o juiz alegou que a “complexidade do caso e a especialidade do objeto da perícia, infere-se a necessidade de perito oficial que atue na esfera federal”.

No dia 10 deste mês, o MP havia se oposto ao pedido de indicação de perito feito por Ricardo para fazer a análise nos aparelhos alegando imparcialidade na eventual designação do assistente de perito. Então, teria sido feito o pedido pelo órgão, ““ a fim de não causar afronta ao Princípio de Imparcialidade, que o assistente a ser nomeado seja de confiança do Juízo, e, não de uma das partes como requerido pela defesa”.

Ricardo acusa a esposa de ter quebrado os aparelhos celulares durante a madrugada anterior à Operação Oiketicus, no dia 16 de maio. Segundo o depoimento da mulher do militar, os celulares teriam sido quebrados durante uma discussão, e por motivos particulares do casal.

A defesa ainda havia alegado que a suspeita da quebra dos aparelhos no dia da deflagração da operação surgiu porque os celulares danificados “estariam muito quentes”, e para afastar dúvidas foi feito o pedido de perícia por um assistente técnico “na busca da verdade”.

Quebra de celulares e prisão

O ex-agente de segurança velada do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) teria, segundo relatório do MP-MS e depoimento prestado na polícia por testemunhas, enganado o promotor para se trancar no banheiro de casa durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão e quebrar os dois aparelhos.

O sargento conseguiu eliminar provas ao destruir dois aparelhos que deviam ser apreendidos na operação. Pelo menos um dos celulares teria a linha que o sargento usaria para conversar com Reinaldo Azambuja (PSDB), segundo policiais que conhecem a rotina da segurança pessoal do governador.

Segundo os membros do MP-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), perícia no que restou dos celulares apontou que provas que poderiam estar nos aparelhos foram destruídas, já que as placas e processadores foram totalmente danificados.

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