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Queda de braço político ‘derruba’ chefe do distrito sanitário indígena em MS

Discórdias envolvendo Zeca do PT e o número 2 do Ministério dos Povos Indígenas tiraram Arildo Alcântara e nomearam Lindomar Ferreira

Celso Bejarano/Correio do Estado

Lindomar Terena foi nomeado coordenador do Dsei em MS – Redes Sociais

Presumível queda de braço envolvendo o número dois do Ministério dos Povos Indígenas, o sul-mato-grossense Eloy Terena e o deputado estadual Zeca do PT, seria a razão da troca de comando no Dsei-MS (Distrito Sanitário Especial Indígena), nesta segunda-feira (16), conforme publicado no Diário Oficial da União.

Dsei tem como missão principal a de organizar a rede de atenção básica dentro das áreas indígenas. Ou seja, tema a importante tarefa de cuidar da saúde dos povos originários.

Saiu Arildo Alves Alcântara, no cargo desde abril passado, há seis meses e assumiu no lugar dele Lindomar Ferreira, conhecido também como Lindomar Terena, que ocupava até agora a chefia do Departamento de Promoção de Política Indigenista, do Ministério dos Povos Indígenas. O novo chefe e o ex-da Dsei nasceram em aldeias indigenistas.

Quem disse que a “mexida” no comando do Dsei tem a ver com rusga política implicando Zeca e Eloy foram integrantes da Funai, em MS e também do próprio Dsei. No entanto, não autorizaram a publicação dos nomes.

Além da questão política, mudança num contrato de locação de veículos para transporte de pacientes indígenas até as aldeias teria influído na questão. Conforme noticiado pelo Correio do Estado, em julho passado:

A frota de veículos empregada nas tarefas ligadas à saúde dos indígenas de MS, vai cair de 97 para 64 (51%), conforme relatório do Dsei-MS.

Esses veículos, caminhonetas, Spin e Vans, no caso, são utilizados como ambulâncias que rodam diariamente pelas 74 aldeias de MS, estado com a terceira maior população do país, com 80 mil indígenas.

Além da redução da frota, que transporta pacientes e também medicamentos, há uma questão curiosa nos contratos de agora: as 97 viaturas eram locadas a um preço mensal de R$ 4 mil cada, totalizando um gasto aproximado de R$ 400 mil mensais.

Pelo novo contrato, os veículos que vão percorrer por territórios indígenas, conforme apurou este jornal, camionetas e minivans, somente, a partir de agora, vão custar em torno de R$ 15 mil mensal cada, ou, perto de R$ 1 milhão mensal se somada toda a frota, 64 veículos, no caso.

SEM MANIFESTO

O jornal tentou ouvir nesta tarde Zeca do PT, Eloy Terena e também Lindomar e Arildo, mas até o fechamento, não tinha conseguido. Assim que houver manifestos, este material será atualizado. Lindomar é ligado também politicamente ao deputado federal petista, Vander Loubet.

A portaria da troca no Dsei de MS foi assinada pela ministra da Saúde, Nisia Trindade Lima.

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