Nas farmácias, medicamento deve ser vendido até início de 2023; confira quanto deve custar
Por: Correio do Estado
Com liberação do medicamento Paxlovid para tratamento da covid-19, a expectativa do CRF-MS (Conselho regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul) é de que o remédio seja disponibilizado nas farmácias da rede privada do Estado até o início de 2023 e na rede pública até dezembro.
“Nesse primeiro momento, a prioridade são as farmácias do SUS e acredito que até o final de dezembro a rede pública já esteja atendida. Depois disso, até o começo do ano que vem será possível encontrar nas farmácias e drogarias, no entanto, tudo vai depender da capacidade produtiva da Pfizer”, explica Ronaldo de Jesus Costa, assessor técnico do CRF-MS
Segundo ele, o Paxlovid é indicado para casos leves e médios da covid-19 e impede que pacientes evoluam para quadros graves da doença. A prescrição deve ser feita por um médico, que levará em conta a particularidade de cada pessoa. “Temos a vacina que é preventiva e, agora, o medicamento que é paliativo, usado em pessoas que já estão infectadas e com sintomas”, pontua.
Remédio deve ser usado no início dos sintomas
O indicado é que o remédio seja usado nos primeiros cinco dias em que o paciente apresenta sintomas. O tratamento consiste na ingestão de dois comprimidos de nirmatrelvir, que tem efeito contra vírus, e um de ritonavir, que protege a primeira substância e impede que seja atacada.
As três cápsulas são tomadas juntas, duas vezes por dia e durante cinco dias.
Quando o uso emergencial do Paxlovid foi autorizado, em fevereiro deste ano, cada caixa com 30 comprimidos era vendida pela Pfizer a R$ 530 dólares, o equivalente a R$ 2,5 mil. Até o momento, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não divulgou o valor máximo que laboratórios poderão cobrar pelo remédio e nem a Pfizer se pronunciou a respeito.
“Não será um medicamento barato, mas como será liberado ao Poder Público, com certeza será um valor bem abaixo disso. De qualquer maneira, o valor ainda será muito inferior ao custo diário de um paciente internado em UTI (Unidade de Terapia Intensiva”, conclui Ronaldo de Jesus.
Negociações
Em Campo Grande, tanto o setor público quanto o privado começam a buscar informações sobre o assunto. Questionada, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) disse que aguarda orientações para saber se a compra será feita pelos Estados ou pelo Ministério da Saúde.
Já a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande informou que “por enquanto, ainda não há deliberação sobre a compra”.
Na rede privada, a Unimed pontuou que “está em processo de análise e entendimento sobre o uso do medicamento, visando garantir a melhor assistência aos pacientes”.