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Registro de quatro casos em São Paulo do subtipo raro da dengue tem chamado a atenção das autoridades
Cogecom,
Com o período chuvoso, a atenção se redobra para os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika, chicungunya e febre amarela. Em Nova Andradina, as equipes de saúde intensificaram suas ações, mas o alerta é claro: é essencial a colaboração da população nas ações de prevenção e combate ao mosquito.
Apesar do trabalho diário das equipes nas ruas, a Secretaria Municipal de Saúde ressalta a importância da participação ativa da comunidade. O secretário Hernandes Ortiz enfatiza que, embora haja esforços contínuos no combate ao Aedes aegypti, é crucial conscientizar a população sobre a necessidade de eliminar os criadouros do mosquito.
As chuvas e as altas temperaturas são as principais causas que criam condições ideais para a proliferação do mosquito. “Existe uma tríade para a proliferação: altas temperaturas, período chuvoso e recipientes acumuladores de água. Todos devemos fazer a nossa parte para combater essa ameaça à saúde pública”, destaca Ortiz.
Além desses fatores, o ressurgimento de casos de sorotipo 3 do vírus da dengue, tem chamado a atenção das autoridades, uma vez que em São Paulo foram registrados quatro casos do subtipo raro da doença, que não há epidemia há 15 anos. Para o Secretário de Saúde, a situação é motivo de grande preocupação e a prevenção é a chave para evitar surtos da doença.
O vírus da dengue possui quatro sorotipos, em geral, denominados DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Quando uma pessoa é infectada por um dos quatro sorotipos, torna-se imune a todos os tipos de vírus durante alguns meses e posteriormente mantém-se imune, pelo resto da vida, ao tipo pelo qual foi infectada.
No entanto, caso volte a ter dengue, um dos outros três tipos do vírus que ainda não contraiu, poderá apresentar ou não uma forma mais grave. A maioria dos casos de dengue hemorrágica ocorre em pessoas anteriormente infectadas por um dos quatro tipos de vírus.
O risco de uma epidemia com o retorno do sorotipo 3 ocorre por causa da baixa imunidade da população, uma vez que poucas pessoas contraíram o vírus desde as últimas epidemias registradas no começo dos anos 2000. Em Mato Grosso do Sul houve registro do sorotipo DENV-3 somente em 2009 e 2010.
Casos – Neste ano, Nova Andradina registra 1025 notificações de dengue, com 170 casos confirmados laboratorialmente e 65 hospitalizações devido a dengue com sinais de alarme ou por dengue grave e nenhum óbito. Os subtipos circulantes na microrregião são os sorotipos DENV-1, DENV-2, sendo o DENV-1 mais prevalente.
Em relação à chikungunya, foram registradas 197 ocorrências, com 12 casos confirmados laboratorialmente. É importante destacar que em mais de 50% dos casos de chikungunya, a artralgia (dor nas articulações) pode se tornar crônica, persistindo por anos.
No município, não foram registrados casos de Zika até o momento. A situação demanda atenção e medidas preventivas para combater a propagação dessas doenças na comunidade.