MS entra em alerta depois de caso de poliomielite confirmado na Venezuela. Coordenação Municipal de Imunização alerta para risco da introdução dessas doenças em Nova Andradina
Cogecom,
Esta semana, o Ministério da Saúde divulgou um alerta onde muitos municípios do Brasil estão com cobertura vacinal abaixo de 50% para a Poliomielite (mais conhecida de paralisia infantil) e Sarampo. Nova Andradina é um retrato dessa realidade. Dados apontam que o município não consegue atingir a meta de 95% de cobertura vacinal desde 2016.
Diante da situação, a Coordenação Municipal de Imunização alerta para o risco da introdução dessas doenças consideradas erradicadas no País. Para o secretário municipal de saúde, Norberto Fabri, “temos que ter em mente que a vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite e de outras doenças que não circulam mais no país. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas, conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual”, alerta o gestor.
Por que a vacinação é fundamental
Com a erradicação da Pólio e do Sarampo, criou-se a sensação de que estamos em um ambiente de segurança. Ficamos com a “falsa” sensação de que não é mais necessário a vacinação.
Porém, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a poliomielite é considerada endêmica no Paquistão, na Nigéria e no Afeganistão. Já os casos de sarampo são mais comuns, com registros na Europa e nas Américas. Há alguns meses, uma criança indígena de 2 anos foi detectada com a pólio na Venezuela, país que faz fronteira com o Brasil. O vírus não era notificado na América do Sul em quase 30 anos.
No Brasil, o Ministério da Saúde tem registros de contaminação de pólio e sarampo em Roraima, Amazonas, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Quem não for imunizado pode se contaminar em outro país ou ser contaminado por alguém que venha visitar o Brasil e reintroduzir o vírus. É fundamental a continuidade da vacinação para evitar a reintrodução do vírus da poliomielite no país.
Calendário de vacinação
O Ministério da Saúde ainda reforça que que as vacinas ofertadas pelo SUS estão disponíveis durante todo o ano, exceto a da gripe. Uma oportunidade de atualizar caderneta será na próxima Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo, que acontecerá no período de 6 a 31 de
Como são as doenças?
Poliomielite
Também chamada de “paralisia infantil”, a doença infectocontagiosa é transmitida por um vírus e caracterizada por um quadro de paralisia flácida.
O início é repentino e a evolução do déficit motor ocorre, em média, em até três dias. A doença acomete, em geral, os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principal característica a flacidez muscular.
Para evitar contaminação, a primeira dose da vacina deve ser aplicada na criança aos 2 meses de vida. A segunda, aos 4 meses; a terceira, aos 6 meses; e a quarta dose (chamada de reforço) com 1 ano e 3 meses.
Sarampo
Doença infecciosa aguda, transmitida por vírus, de caráter grave e “extremamente contagiosa”, o sarampo é transmitido pelo ar e por contato físico.
A presença do vírus no sangue provoca uma “vasculite generalizada” – inflamação dos vasos sanguíneos –, além de tosse, coriza, olhos inflamados, dor de garganta, febre e irritação na pele com manchas vermelhas
A vacinação é a única maneira de prevenir a doença. A recomendação é que as crianças sejam imunizadas aos 12 meses e, depois, tomem uma segunda dose com 1 ano e 3 meses