Eduardo Peret, Agência IBGE
A estimativa da segunda safra de milho de 2019 deve chegar a 68,2 milhões de toneladas. O valor representa um aumento de 22,6% na comparação com a mesma safra em 2018 e marca um novo recorde na série histórica do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), ao ultrapassar os 67,6 milhões de toneladas alcançados em 2017. Com isso, em maio, a estimativa para a safra de grãos de 2019 passa a ser de 234,7 milhões de toneladas, 3,6% acima da safra de 2018.
Segundo o gerente da pesquisa, Carlos Antônio Barradas, o aumento na produção se deve a uma série de fatores: “o ano agrícola começou mais cedo. As chuvas previstas para outubro caíram na segunda quinzena de setembro, antecipando o plantio da soja. Isso expandiu a janela de plantio do milho, que por sua vez pegou um clima favorável por mais tempo. E o aumento nos preços na época do plantio completou o quadro positivo”.
Os maiores aumentos em volume de produção de milho, em relação a abril, foram estimados para Mato Grosso (8,3%, ou 2,2 milhões de toneladas) e Sergipe (39,2%, ou 203,9 mil toneladas).
Já a estimativa de produção nacional frente a 2018 é de quedas de 4,5% para a soja e de 11,2% para o arroz, e acréscimo de 15,7% para o milho.
Armazenagem de grãos aumenta 0,3% no segundo semestre de 2018
A Pesquisa de Estoques, também divulgada hoje pelo IBGE, mostrou que o total de capacidade útil disponível para armazenamento cresceu 0,3% no segundo semestre de 2018, frente ao primeiro semestre de 2018, totalizando 169,5 milhões de toneladas.
Em termos de capacidade útil armazenável, os silos predominam no país, com 81,8 milhões de toneladas, o que representa 48,3% da capacidade útil total. Armazéns graneleiros e granelizados responderam por 63,7 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, enquanto armazéns convencionais, estruturais e infláveis, somaram 24 milhões de toneladas.
Entre os produtos agrícolas, o maior volume estocado era de milho (11,1 milhões de toneladas), seguido pela soja (5,5 milhões), trigo (4,2 milhões), arroz (2,2 milhões) e café (1,3 milhões).