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Sob forte esquema de segurança, pistoleiros presos em SP chegam em MS

 

Por Dayene Paz, Mylena Fraiha e Helio de Freitas | Campo Grande News

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Suspeitos no momento em que foram presos em São Paulo neste sábado (Foto: Direto das Ruas) – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Presos em São Paulo, Igor Franco Ortiz, de 33 anos, e Fábio Arlindo Cabral Irala, 23, chegaram em Campo Grande em um avião e são acompanhados por forte escolta policial. Eles desembarcaram às 17h20 deste domingo (18) no Aeroporto Teruel, localizado na área rural, saída para São Paulo. Os dois são apontados como pistoleiros, que executaram com 13 tiros Eliston Aparecido Pereira, 51, em Dourados, a 251 km da Capital, na sexta-feira (16).

Os pistoleiros chegaram em um avião do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e acompanham também, equipes do SIG (Setor de Investigações Gerais) e da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Eles serão escoltados pela BR-163, cada um em uma viatura policial, até a sede de uma delegacia de Dourados.

Igor e Fábio foram presos neste sábado (17), quando desembarcaram no terminal da Barra Funda, em São Paulo, para onde fugiram de ônibus logo após a execução de Eliston. Eles tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. O terceiro suspeito está sendo procurado. Informações apuradas pela reportagem são de os executores são matadores de aluguel, a serviço do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Entenda – Investigação da Polícia Civil aponta que Eliston pode ter sido morto após perder carga de cocaína em 2023. Ele era o responsável por organizar a saída de cocaína de Dourados para outros estados e há aproximadamente 7 meses foi procurado por um homem, identificado apenas como Luan, para realizar o frete de entorpecentes que pertenciam a duas pessoas conhecidas como “Criança” e “Salvador”.

Parte da droga seria enviada para Campo Grande a outra parte ficaria em Dourados. Eliston teria a função de coordenar quem buscaria a cocaína, trabalhando como intermediador do transporte e dos pagamentos. O entanto, a carga que ficou na cidade a 251 quilômetros da Capital foi apreendida pelo SIG (Setor de Investigações Gerais).

O entorpecente estava em uma carretinha e pesou mais de 200 kg. Já a parte que foi enviada a Campo Grande, para uma pessoa identificada como “Xodó”, chegou mexida, porém, segundo o recebedor estaria tudo nos “conformes”. A mercadoria então foi encaminhada para São Paulo.

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Avião na chegada com presos no Aeroporto Teruel. (Foto: Henrique Kawaminami) – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Ao chegar no destino final, foi descoberto que a droga havia sido substituída por massa corrida e isopor. Com isso, os donos do entorpecente mandaram que Eliston fosse para Ponta Porã em julho do ano passado e o mantiveram sob custodia por dois dias em um hotel na cidade. Na ocasião, os criminosos ainda perguntaram se ele estaria “jogando” com a polícia já que parte da carga foi apreendida.

Após ser liberado, Eliston teria afirmado a conhecidos que estava “queimado” e que os donos do entorpecente não confiavam mais nele. Desde então ele não teria mais sido procurado para os serviços. Sobre a parte que foi adulterada, testemunha afirmou que a vítima conseguiu quitar a dívida e as pessoas que receberam a droga e enviaram para São Paulo foram mortos naquela época.

Assassinato – Na manhã de sexta-feira (16), Eliston e a mulher chegava em casa, na Rua Reinaldo Bianchi, no Jardim Santa Fé, região oeste de Dourados, quando foram atacados a tiros por três pistoleiros em um Fox prata.

Eliston conduzia uma picape Fiat Toro branca e trocou tiros com os bandidos, mas foi alvejado com pelo menos 13 disparos e morreu quando era socorrido pela esposa. A mulher também participou da troca de tiros, mas não ficou ferida.

Duas pistolas descarregadas foram apreendidas pela polícia na residência do casal. Uma bolsa cheia de munições também foi encontrada. O Fox foi abandonado a 1.500 metros do local, nos fundos do antigo Dourados Park Hotel. Havia marcas de tiros no carro e pelo menos um dos pistoleiros ficou ferido.

Não há informações se os executores vieram para Mato Grosso do Sul apenas para cometer o crime ou se eram moradores do Estado.

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