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O Ministério do Meio Ambiente declarou estado de emergência ambiental em Mato Grosso do Sul entre os meses de maio e dezembro de 2022, conforme Portaria assinada pelo ministro Joaquim Leite e publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (21).
De acordo com o coordenador da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel Fábio Catarineli, a Portaria faz parte do plano de combate a incêndios florestais no Estado, já que favorece a contratação de brigadistas que vão atuar pelo Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) no Pantanal, em áreas de difícil acesso e em terras indígenas.
“Temos observado que esses meses (de maio a dezembro) são os mais críticos em relação aos incêndios florestais. Então, a contratação dos brigadistas, feita pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), é baseada na tendência das questões meteorológicas”, explicou o coronel Catarineli.
Os brigadistas são contratados por seis meses, explicou o coordenador do Prevfogo em Mato Grosso do Sul, Márcio Yule. São cerca de 100 pessoas. “30 ficam no Pantanal de Corumbá e 15 em quatro brigadas indígenas, duas Kadiwéu e duas Terena, além de supervisores e agentes de manejo”, contou. Para este ano, a expectativa é de que o número de combatentes aumente.
Ações estaduais
O Governo do Estado também tem atuado na prevenção e combate aos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul, já que as mudanças climáticas têm favorecido o surgimento de queimadas. Mais de R$ 56 milhões foram investidos em ações e equipamentos do Corpo de Bombeiros, fortalecendo a estruturação da Corporação, com aeronaves, embarcações e viaturas.
O destaque da nova frota é o avião Air Tractor, do modelo AT-802F. Entregue em dezembro passado, a aeronave transporta até 3 mil litros de água e é apontada mundialmente como um dos melhores equipamentos para combate a incêndios florestais, principalmente em locais de difícil acesso às equipes terrestres de bombeiros, como no Pantanal.
As medidas de prevenção e combate adotadas pelo Governo do Estado já têm surtido efeito. O número de focos de incêndios no Pantanal entre os meses de janeiro e novembro de 2021, por exemplo, foi 63% menor na comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme dados são do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Bruno Chaves, Subcom
Fotos: Chico Ribeiro/Arquivo