
A promotora de Justiça, Patrícia Almorão Padovan, abriu inquérito civil para investigar supostamente um superesquema de corrupção por meio de desvio de recursos públicos, eventual pagamento de publicidades institucionais “cruzadas” ou as conhecidas “rachadinhas”, fraude em licitação para serviço de pintura do prédio da Câmara, superfaturamento em serviços de higienização contra covid-19, e, ainda, fraude em concurso público.
A trama, segundo o inquérito, que segue em sigilo, conta com a participação de vereadores de Bataguassu, cidade sul-mato-grossense de 23 mil habitantes, situada a 310 km de Campo Grande, na divisa com o estado de São Paulo.
Diz a denúncia que vereadores da cidade teriam desviado dinheiro por meio de pagamento de diárias, recurso que superaria o salário mensal deles. Um parlamentar de Bataguassu recebe em torno de R$ 7,5 mil.
Noutra ponta da investigação, segundo o inquérito, a “municipalidade estava realizando contratações diretas ao arrepio da lei, foi recentemente julgada procedente para os fins de condenar o município na obrigação de fazer consistente na exoneração/demissão dos profissionais temporários irregularmente/ilegalmente contratados, bem como na realização prévia de concurso público, a partir de critérios objetivos e claros de classificação, respeitados o número de cargos”.
Ainda conforme a denúncia ofertada, servidores da Câmara estariam sendo selecionados por meio de análise curricular e entrevistas pessoais, ao invés da promoção de concurso público.
Até a publicação deste material, nem o vereador Enivaldo Marques, presidente da Câmara dos Vereadores de Bataguassu, nem o vice, professor Fábio, ambos do Podemos, haviam se manifestado acerca do inquérito instaurado para investigar suposto esquema de corrupção no legislativo municipal.
A reportagem tentou conversar com ao menos um dos dois por meio do telefone, mas, as ligações não completaram. O aparelho estaria ocupado, conforme mensagens gravadas.
O espaço segue aberto para posicionamento.