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Educação Região

Comissão vai avaliar volta às aulas nas redes estadual e privada de MS

Governo não deve autorizar retomada enquanto pandemia de Covid-19 não estiver em queda

Por: Correio do Estado

Nos próximos seis meses, caberá a uma comissão do governo de Mato Grosso do Sul avaliar quando e como será a volta às aulas presenciais nas redes estadual e privada de ensino.

Decreto que cria o grupo foi publicado na edição desta quinta-feira (6) do Diário Oficial Eletrônico (DOE). A Comissão Estadual Provisória de Volta às Aulas será composta por 19 membros e o mesmo número de suplentes.

Além de representantes da Secretaria de Estado de Educação (SED), farão parte do grupo membros do Comitê Gestor do Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir), da Secretaria de Estado de Saúde (SES), do Ministério Público do Estado (MPMS), sindicatos que representam as escolas particulares e outras autarquias e entidades.

Cada órgão ou entidade ficará responsável por indicar seus representantes, com anuência do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). As reuniões, que não tem previsão para começar, serão realizadas de forma virtual.

INCERTEZA

Enquanto a pandemia de Covid-19 (doença causada por novo coronavírus) continuar avançando, não haverá nenhuma previsão dos estudantes voltarem às escolas.

Segundo o secretário de estado de Saúde, Geraldo Resende, enquanto a maioria dos municípios estiver em curva ascendente de casos, isso não deverá acontecer.

De acordo com as diretrizes lançadas pelo programa Prosseguir, as atividades presenciais em salas de aula são consideradas atividades de alto risco.

Com essa classificação, apenas quando os municípios estiverem na fase amarela é que será possível o retorno das atividades presenciais, principalmente na rede pública de ensino.

“Mato Grosso do Sul ainda está distante do reinício das aulas. Isso só será possível quando tivermos um número de ocupação de leitos menor, monitoramento completo dos casos pelos municípios e rastreamento de seus contatos. Enquanto isso não for feito, não há como voltar”, disse Resende.

Já a secretária de estado de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta, usou como referência outras unidades da federação para demonstrar como ainda há um longo caminho para percorrer até chegar o momento adequado para o retorno.

“Nós somos o primeiro ou segundo estado em que a pandemia está subindo em termos proporcionais. Os estados como Amazonas, que começa dia 10, Rio Grande do Norte, dia 17, eles já estão no amarelinho, caindo, já podem pensar em voltar no mês de agosto. Outros estados, como São Paulo e Piauí, já estão falando em voltar em setembro, mas o nosso Estado está vermelhinho, nós estamos perdendo muitas pessoas”, declarou em transmissão pela internet.

Para o médico infectologista e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Julio Croda, não existe expectativa de estabilização dos casos e das mortes no Estado. Por conta disso, não há previsão para que haja o retorno desses alunos.

“A curva deve estar descendente. Até São Paulo adiou a volta das aulas, que estava marcada para 8 de setembro, e está muito melhor que Campo Grande, por exemplo. Aqui no Estado nós temos o aumento da média móvel – não existe expectativa de estabilização. A gente não tem previsão de quando isso deve acontecer porque não chegamos no platô ainda, não chegou nem no pico. Quando chegar nesse platô, tem de esperar uma semana disso para começar a discutir protocolos e quem vai voltar primeiro”, analisa o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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