Praticamente todos os anos, novos mitos e também verdades são descobertos e cercam diversos tratamentos e condições médicas.
Como resultado, surgiu nos últimos meses a chamada doença do silicone, causando uma série de medos, dúvidas e poucas respostas.
Pensando nisso, esse post serve para realmente entender essa condição, problemas associados e tudo o mais que você deve saber.
Então, preparada?
O que é a Doença do Silicone e mitos que caíram na rede
Figura 1 Photo by Cirurgia Plástia Dra Daniele Pace on Pinterest
Antes de mais nada, a chamada popularmente doença do silicone é na verdade uma condição definida como ASIA.
A sigla pode ser traduzida como uma síndrome autoimune induzida por adjuvante, nesse caso, a prótese.
O caso e condição ganhou destaque quando um jornal passou a circular um caso de uma paciente que já estava em uma fase avançada da ASIA.
Logo, uma comoção em pacientes que tem ou gostariam de ter silicone foi iniciada.
De maneira simples, a doença ou condição é definida como o surgimento de um tipo de tumor com causas pouco conhecidas.
Entretanto, alguns dados da literatura mostram que poderia ter relação com adjuvantes, como a prótese de silicone.
E porque isso é pouco conhecido?
Porque, a ASIA, é uma condição extremamente rara, já que até na literatura, são poucos os casos confirmados e encontrados.
Logo, não se trata de uma condição que cause alarme na população em geral e que, nos casos confirmados, pode-se notar uma predisposição para o problema.
Entenda os adjuvantes
As complicações das próteses de silicone são discutidas anteriormente a cirurgia, garantindo calmaria para a paciente.
Entretanto, essa nova possiblidade assusta. Principalmente pela escassez de informações.
Assim, se faz necessária uma discussão sobre os adjuvantes.
Figura 2 Photo by Maria Luiza Castro on Pinterest
Basicamente, esse termo faz referência a uma grande variedade de fatores ambientes que podem ser classificados como indutores da autoimunidade.
Não entendeu? Vá por partes.
Autoimune é qualquer condição anormal onde o corpo começa a atacar a si próprio, uma parte ao menos.
Nesse aspecto, indutores da autoimunidade são “coisas ou condições” que podem fazer o seu corpo se atacar.
Ou seja, uma das complicações raras do silicone, é que o material pode ser um indutor, fazendo com que o corpo ataque a prótese e demais áreas, como uma forma de defesa.
Entenda, essa condição é diferente de quando há rejeição do silicone, já que as variantes são distintas.
Importante: adjuvantes também é o termo utilizado para substâncias colocadas em medicamentos e vacinas, causando complicações semelhantes.
Porém, a reação também pode estar relacionada a exposição a metais pesados.
ASIA e predisposição genética
Um dos pontos que difere essa condição de rejeição de prótese e outros problemas comuns se refere a predisposição genética.
No caso da doença do silicone, o paciente, obrigatoriamente, precisa ter alguns dos genes facilitadores que causam a autoimunidade.
Sintomas da ASIA ou Doença do Silicone
Bom, depois de entender um pouco mais sobre a doença do silicone, é possível que você esteja na dúvida sobre como reconhecer o problema.
Em suma, a indicação do médico é seguir adequadamente com o acompanhamento e cuidados pré e pós-operatórios.
Figura 3 Photo by Alex Boyd on Unsplash
No mais, sinais devem ser percebidos, como:
- Dores pelo corpo;
- Rigidez durante a manhã;
- Fadiga ou extremo cansaço;
- Alterações na memória;
- Sintomas depressivos;
- Dores de cabeça constantes;
- Olhos e boca secos;
- Pele rachada;
- Febre sem motivo aparente e outros.
Além do mais, a literatura mostra que a doença do silicone pode causar sintomas semelhantes da fibromialgia.
Os sintomas podem acontecer em qualquer área do corpo, o que pode tornar o diagnóstico um pouco mais complicado e sendo essencial buscar um profissional.
Pessoas de risco – Quem são?
De acordo com a indicação do médico, já que estudos sobre genes ainda estão em desenvolvimento, o ideal é perceber quem são as pessoas de risco.
Seguindo essa linha, pacientes que já apresentam alguma doença autoimunes são as que mais devem ter cuidado, como por exemplo nos casos de:
- Lúpus;
- Artrite reumatoide;
- Tireoidite;
- Hepatite autoimune, etc.
Pacientes com histórico de alergias também podem entrar para o grupo de maior risco.
Vale ressaltar ainda que, alguns especialistas apontaram que os riscos da doença eram superiores há alguns anos, devido ao material utilizado nos implantes.
Entretanto, como os estudos continuam em andamento, não há garantias de que os novos implantes não possam causar tal condição.
Logo, é possível que mesmo uma injeção, quando o corpo reconhece aquilo como um perigo, resulte em tal doença.
Doença do silicone – O que fazer
Figura 4 Photo by Casting for Recovery on Pinterest
Primeiramente, é preciso entender que a reação natural do corpo é tentar expelir, se livrar de qualquer corpo estranho, inclusive as próteses.
Em segundo lugar, alguns dados mostram que em torno de 0,8% de pacientes podem vir a ter a doença ASIA, mas poucos são os casos diagnosticados.
Do mesmo modo, essa condição pode acontece ainda no pós-operatório ou mesmo anos depois, variando de acordo com cada paciente.
Como não é algo laboratorial, o diagnóstico não é simples e pode demorar algum tempo.
Na maior parte dos casos, o que se deve fazer é a remoção do implante, para sanar os sinais ou sintomas.
Entretanto, existem casos em que a remoção não causou a resolução do problema, fazendo com seja possível que o agente causador fosse outro.
A indicação do médico, é buscar ajuda especializada, tanto para realizar o procedimento como para resolver o problema.
Como é uma condição rara e de difícil diagnostico, é possível que o tratamento se inicie com medicamentos, para tentar descobrir a causa.
Importante: mesmo chamada popularmente de Doença do Silicone, a ASIA é uma das complicações ou condições que podem ocorrer em indivíduos que não possuem prótese.
Conclusão
A doença do silicone é uma condição que está relacionada a diversos agente, como metais e vacinas, que tem relação com os genes e muito rara.
Caso tenha qualquer tipo de sintoma, mesmo anos depois de colocar a sua prótese, converse com um especialista e siga a indicação do médico.
Então, descobriu que os mitos da condição, como ser algo comum ou só ligado a prótese, podem gerar um verdadeiro pânico?
Comenta aqui embaixo caso tenha ficado alguma dúvida ou mesmo se você ouviu algo diferente por aí.
Até o próximo post!