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Ex-prefeito de Maracaju tem prisão decretada por desvio de R$ 23 milhões

Maurílio Azambuja e outras seis pessoas são alvos de operação da Polícia Civil nesta quarta

Por: Campo Grande News

 

O ex-prefeito Maurílio Azambuja (MDB) está entre as sete pessoas que tiveram a prisão temporária decretada no âmbito da Operação Dark Money, deflagrada hoje (22) pelo Dracco (Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

A operação investiga desvio de pelo menos R$ 23 milhões em dinheiro público através de uma conta bancária “fantasma”, utilizada nos dois últimos anos da administração de Maurílio Azambuja.

Médico de profissão, Maurílio tem 73 anos e já administrou o município por três mandados – de 2005 a 2008 e depois de 2013 a 2020.

Além do ex-prefeito, tiveram a prisão decretada o ex-secretário de Finanças Lenilso Carvalho Antunes, a também ex-secretária Daiana Cristina Kuhn, Iasmin Cristaldo Cardoso, Pedro Everson Amaral Pinto, Fernando Martinelli Satori e Moisés Freitas Victor.

Os mandados são de prisão temporária, ou seja, válidos por cinco dias e prorrogáveis por mais cinco dias. O Dracco informou que seis mandados foram cumpridos, um deles em Umuarama (PR).

O sétimo alvo não foi localizado, mas a polícia não revelou qual dos investigados conseguiu escapar. Suspeita-se que seja o ex-prefeito. O alvo que foi preso em Umuarama por policiais paranaenses seria Lenilso Carvalho Antunes.

Equipes da Polícia Civil chegaram logo pela manhã em vários endereços de Maracaju, um deles a casa de Maurílio Azambuja, na Rua João Alves Correa, no centro. O ex-prefeito não foi visto saindo nas viaturas que deixaram o local.

Hoje também foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão e bloqueios de bens dos investigados. A investigação mira servidores públicos que atuaram no alto escalão do Executivo municipal, além de empresários e empresas com envolvimento no esquema.

Uma conta bancária de fachada e não declarada aos órgãos de controle interno e externo do município, foi usada para 150 repasses de verbas públicas em menos de um ano.

Integrantes do alto escalão da prefeitura teriam emitido pelo menos 600 lâminas de cheques, totalizando R4 23 milhões. O dinheiro foi destinado a empresas sem qualquer lastro jurídico para amparar os pagamentos. Muitas delas sequer tinham relação jurídica com a prefeitura, como licitação, contrato ou outro meio legal que amparasse a transação financeira.

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