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Megatraficantes perdem helicópteros, aviões, fazendas e R$ 100 milhões

Polícia Federal cumpre mandados de prisão e apreensão em 12 estados brasileiros, entre eles Mato Grosso do Sul

Por: Correio do Estado

A Polícia Federal em Pernambuco cumpre mandados de busca e apreensão em 12 estados brasileiros, entre eles Mato Grosso do Sul, e o Distrito Federal. A operação “Além-Mar”, deflagrada na manhã desta terça-feira (18), investiga esquema de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

São 630 policiais federais cumprindo 139 mandados de busca e apreensão e 50 mandados de prisão, entre elas 20 prisões preventivas e 30 temporárias.

Além de Mato Grosso do Sul, a operação segue nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiânia, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e o Distrito Federal.

A pandemia mundial da Covid-19 não foi impedimento para quadrilha. Só entre os meses de março a julho de 2020, foram apreendidos mais de 1,5 tonelada de cocaína.

O esquema de tráfico internacional de drogas era viabilizado por quatro organizações criminosas autônomas, que atuavam em conexão. Os traficantes exportaram toneladas de cocaína para a Europa via portos brasileiros, principalmente pelo Porto de Natal-RN.

A primeira ficava em São Paulo e transportava por via aérea cocaína da fronteira com o Paraguai até o estado de São Paulo e a distribuindo no atacado para organizações criminosas estabelecidas no Brasil e na Europa.

A segunda, em Campinas era parceira da equipe de São Paulo, recebia a droga que já estava em território nacional e distribuía pelo Brasil, e exportava para Cabo Verde e Europa.

A terceira, em Recife, é integrada por empresários do setor de transporte de cargas, funcionários e motoristas de caminhão. Era responsável pela logística de transporte rodoviário da droga e o armazenamento de carga até o momento de sua ocultação nos contêineres.

A quarta organização criminosa, estabelecida na região do Braz, em São Paulo, atuava como banco paralelo, disponibilizando rede de contas bancárias, titularizadas por empresas fantasmas, de fachada ou em nome de laranjas. As contas eram usadas para movimentação de recursos de origem ilícita, cujas restituições se dão em espécie e a partir de TEDs, inclusive com compensação de movimentação havida no exterior (dólar-cabo).

Foi determinado ainda pela Justiça Federal a apreensão de 7 aviões, 5 helicópteros, 42 caminhões e 35 imóveis e fazendas ligados aos investigados. Além do bloqueio judicial do valor de R$100 milhões.

Investigações

As investigações começaram em 2018 a partir de informações obtidas através da parceria entre Coordenação Geral de Prevenção e Repressão ao Tráfico de Drogas da Polícia Federal (CGPRE), pela National Crime Agency (NCA).

Durante a fase sigilosa foram presas 12 pessoas e apreendidas mais de 11 toneladas de cocaína, no Brasil e na Europa. Dentre os presos, estava um grande traficante que permaneceu foragido da justiça brasileira por 10 anos e era procurado pela Polícia Federal e pela NCA, do Reino Unido. Ele foi encontrado em Jundiaí-SP em março de 2019.

As operações ao longo das investigações possibilitaram a detecção do modo de operação da organização, dividido em três fases:

  • Internação: transporte da cocaína pela fronteira com o Paraguai e armazenamento no interior de São Paulo;
  • Transporte interno: deslocação da droga para as regiões de embarque marítimo e armazenamento em galpões;
  • Transporte internacional: embarque do contrabando em navios de carga, através de contêineres, ou veleiros.

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