Governador disse a deputados estaduais que enviará em breve projeto para terceirizar parte da gestão do Hospital Regional
Alicia Miyashiro/Correio do Estado
De acordo com o presidente da Casa de Leis, Gerson Claro (PP), a ideia inicial do governo não é terceirizar totalmente a saúde, mas ir em busca de parcerias para serviços como hotelaria, lavanderia e segurança em hospitais regionais.
O deputado Pedrossian Neto (PSD) ressalta que a Assembleia Legislativa buscará mais informações sobre o modelo de PPP proposto e a secretária Eliane Detoni apresentará detalhes do projeto aos deputados. Entretanto, ainda não há uma data definitiva para isso acontecer.
Em 2023, o Correio do Estado noticiou que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) deveria realizar estudos de viabilidade técnica com o objetivo de estruturar um projeto de parceria público-privada (PPP) para atender os hospitais regionais de MS.
De acordo com o Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE), à época o BID seria responsável por elaborar estudos e desenvolver um projeto de PPP que atendesse às necessidades do Estado. O projeto foi desenvolvido a partir desse levantamento.
A estimativa feita pelo BID é de que essas parcerias possam captar investimento de R$ 1 bilhão aos hospitais públicos que hoje são geridos pelo governo do Estado.
Entre os hospitais que devem passar por essa estruturação estão os regionais de Campo Grande, Nova Andradina, Dourados (que ainda está em construção) e Ponta Porã.
Ainda segundo o governo do Estado, a escolha do BID para estruturar o projeto de PPP seria porque o banco tem ampla experiência de estruturação de parcerias no setor de saúde.
Entre os projetos estão um no Peru, além de projetos similares no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina (nesses dois casos, o projeto é de 2023).
REDE DE EMERGÊNCIA
Entre as medidas que estão em andamento na rede estadual de saúde está a saída do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) da Rede de Urgência e Emergência (RUE). Conforme antecipou o Correio do Estado, o governo começou a promover, desde outubro, o “divórcio” da regulação da saúde municipal. A informação foi dada pela secretária-adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone em matéria publicada em setembro.
A gestora confirmou que, para a consolidação da intenção do Estado de gerir seus hospitais, o próximo passo é ter mais controle sobre a admissão dos pacientes que ingressam nas unidades, saindo do sistema de regulação gerenciado por Campo Grande.
A primeira iniciativa nesse sentido não teve êxito: a prefeitura da Capital foi contra a saída do HRMS