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Região Saúde

Segundo caso suspeito de fungo negro em MS, segue em análise

Paciente de 50 anos está internado por Covid-19 e apresenta necrose ocular bilateral

Por: Correio do Estado

Após o exame mucológico direto ser inconclusivo para mucormicoseo, o “fungo negro”, o segundo caso suspeito da doença segue em investigação em Mato Grosso do Sul.

O provável caso de infecção é de um paciente de Corumbá, 50 anos, positivo para Covid-19 e com histórico de obesidade e hipertensão.

De acordo com o secretário municipal de Saúde de Corumbá, Rogério Leite, por ora, o crescimento em cultura (análise laboratorial) está em andamento para ver se o fungo vai se desenvolver ou não.

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), notificou a suspeita de infecção na quarta-feira (2).

O paciente positivo para o coronavírus segue internado desde 28 de maio em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Ele foi imunizado contra a Covid-19 nos dias 20 de janeiro e 5 de fevereiro.

Primeiro Caso

O primeiro caso suspeito do fungo negro foi notificado na última segunda-feira (31), em um homem de 71 anos, que teve o olho esquerdo atingido pela doença.

O paciente estava internado no Hospital do Pênfigo, em tratamento da Covid, e morreu na tarde de quarta-feira (2).

O homem tinha Diabetes, Hipertensão e histórico de Síndrome Respiratória Aguda Grave.

Fungo Negro

A doença do Fungo Negro é considerada mais oportuna para quem contraiu o novo coronavírus.

Mucormicose é uma infecção oportunística grave causada por fungos.

Esses fungos vivem em todo o ambiente, particularmente no solo e em matéria orgânica em decomposição, como folhas, pilhas de adubo ou madeira podre.

As pessoas contraem mucormicose entrando em contato com os esporos fúngicos no ambiente.

Essas formas de mucormicose geralmente ocorrem em pessoas que têm comorbidades ou utilizam medicamentos que diminuem a capacidade do corpo de combater algumas doenças.

Também pode se desenvolver de forma cutânea depois que o fungo entra na pele através de um corte, raspagem, queimadura ou outro tipo de trauma.

Sintomas e tratamento

De acordo com o CIEVs, a progressão da doença leva a uma sequência de sintomas que se iniciam com dor orbital unilateral ou facial súbita, podendo conter obstrução nasal e secreção nasal necrótica.

Também pode ocorrer lesão lítica escura na mucosa nasal ou dorso do nariz, celulite orbitária e facial, febre, ptose palpebral, amaurose, oftalmoplegia, anestesia de córnea, evoluindo em coma e óbito.

O tratamento envolve remover cirurgicamente todos os tecidos mortos e infectados.

Em alguns pacientes, isso pode resultar em perda da maxila superior ou às vezes até mesmo do olho.

A cura também pode envolver de 4 a 6 semanas de terapia antifúngica intravenosa.

Como afeta várias partes do corpo, o tratamento requer uma equipe de microbiologistas, especialistas em medicina interna, neurologistas intensivistas, oftalmologistas, dentistas, cirurgiões e outros.

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