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Polícia

Bruno Henrique, do Flamengo, foi acordado com agentes da PF na porta de casa

Bruno Henrique (Foto: Pilar Olivares/Reuters)

Atacante é investigado por suposta manipulação de apostas esportivas. Operação envolve apreensão de celulares e documentos

247 – Na manhã desta terça-feira (5), o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi surpreendido ao abrir a porta de sua casa, na Barra da Tijuca, para agentes da Polícia Federal e do Ministério Público. A operação, parte de uma investigação sobre manipulação de apostas esportivas, também incluiu buscas no centro de treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu, em Vargem Grande, e na sede do clube, na Gávea. Segundo a TV Globo e o g1, Bruno Henrique entregou celulares, documentos e outros dispositivos eletrônicos às autoridades, que buscam esclarecer suspeitas de que ele teria, propositalmente, levado um cartão amarelo em jogo do Campeonato Brasileiro para favorecer apostas.

A investigação foi desencadeada após relatórios da International Betting Integrity Association (Ibia) e da empresa Sportradar apontarem um volume de apostas suspeito focado na possibilidade de o jogador receber um cartão durante a partida entre Flamengo e Santos, pelo Brasileirão de 2023. Com base nesses indícios, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) acionou sua Unidade de Integridade, que comunicou as autoridades para dar seguimento ao caso.

De acordo com os dados obtidos pela investigação, pessoas próximas a Bruno Henrique teriam apostado que ele seria punido com um cartão amarelo na partida mencionada. No jogo, realizado no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, o atacante cometeu uma falta sobre Soteldo, do Santos, aos 50 minutos do segundo tempo, recebendo o cartão. Em seguida, ao questionar a decisão com o árbitro Rafael Klein, foi novamente advertido, o que levou à sua expulsão.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) classificou as suspeitas como “crime contra a incerteza do resultado esportivo”, conforme previsto na Lei Geral do Esporte, que estabelece penas de 2 a 6 anos de reclusão. Segundo o MPRJ, “o caso representa um risco à integridade do esporte, em uma prática que distorce os resultados e impacta diretamente o mercado de apostas.” (Brasil 257)

 

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